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 link para a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde Elaborada em dezembro de 2007
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Prevenção à violência contra crianças e adolescentes - parte 1

Orientações aos pais:

- converse com seus filhos sobre sexualidade. É melhor que eles procurem tirar suas dúvidas com você do que com um estranho;

- discuta com seus filhos as regras e limites que considera importantes na educação deles. Assim terão a noção da importância de seguir regras e respeitar limites;

- converse sobre a vida sexual de seus filhos; dê a eles informações sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis;

- preste atenção ao comportamento de seus filhos; se houver mudanças, pergunte o que está acontecendo;

- não tenha vergonha, abra seu coração e se aproxime ao máximo de seus filhos, demonstre seu cuidado e preocupação;

- a melhor forma de educar é conversando, elogiando, incentivando e ressaltando tudo de bom que a criança/adolescente faz.

Os pais e/ou responsáveis devem saber que:

- suas palavras, atitudes e atos de omissão podem ser prejudiciais;

- são exemplos para seus filhos;

- crianças e adolescentes precisam do apoio de seus pais ou responsáveis;

- não existe justificativa para a continuação dos maus-tratos.

Os direitos da criança/adolescente:

- direito de não ser maltratado;

- direito de sentir raiva pelas palavras que ouve e pancadas que leva;

- direito de escolher livremente;

- direito de mudar sua situação;

- direito de viver sem medo;

- direito de pedir e receber ajuda;

- direito de não estar isolado e de compartilhar seus sentimentos;

- direito de dizer o que pensa e sente;

- direito de não ser perfeito.

 

 


Refletindo ...

- bater não é educar, pois mesmo que obedeça, a criança/adolescente não aprenderá verdadeiramente, apenas deixará de fazer certas coisas por medo de apanhar e não por respeito;

- apanhando, a criança/adolescente aprenderá a temer o maior, o mais forte ou o mais poderoso;

- aprenderá que a violência ou a força bruta é mais importante que a razão e o diálogo;

- pensará que ocultar ou esconder fatos pode dar bons resultados, evitando palmadas;

- verá o adulto, figura de quem a criança/adolescente espera proteção e amparo, como não sendo confiável;

- aprenderá que de quem se espera amor podem vir pancadas e agressões.

Ninguém precisa sentir dor para aprender:

- educar e ensinar limites são atos de amor e proteção, um dever importantíssimo dos pais;

- a educação baseada em violência, ameaças ou mentiras pode até ter resultados imediatos, mas ensinará apenas o medo e não o respeito. Poderá deixar marcas no corpo e na alma para o resto da vida;

- dizer sim ou não na hora certa, com firmeza e segurança; sendo firmes e constantes eles aprenderão o que é certo e o que é errado, dessa forma, estarão sendo preparados para a vida.

O que fazer para não perder a autoridade:

- cumpra o que diz (se prometeu, faça);

- seja coerente;

- cuidado com o que diz e com o modo como diz (critique o ato, nunca a personalidade ou a pessoa da criança/adolescente);

- evite usar rótulos, isto é, chamar diretamente ou falar da criança/adolescente como sendo burra, danada e outros adjetivos, além de frases do tipo: “tinha que ser você”. Embora pareçam inofensivas atitudes como estas podem influenciar negativamente causando danos à personalidade;

- lembre-se que a conquista do carinho e da confiança é primordial para o processo educativo.

As crianças e os adolescentes se desenvolvem pelas mãos de seus pais e responsáveis, aprendendo com tudo o que ouvem e vêem. É papel dos pais cuidar de seus filhos, promovendo sua saúde, estimulando seu desenvolvimento, ensinando regras de segurança, amor e respeito para que consigam crescer saudáveis e felizes.

 

 IMPORTANTE