EPIDEMIOLOGIA
044
GUERRA, Maximiliano Ribeiro; GALLO, Cláudia Vitória
de Moura; MENDONÇA, Gulnar Azevedo e Silva. Risco
de câncer no Brasil: tendências e estudos epidemiológicos
mais recentes. Revista Brasileira de Cancerologia,
Rio de Janeiro, v, 51, n. 3, p. 227-234, jul./set. 2005. Disponível
em: Scielo.
O número de casos de câncer tem aumentado de maneira
considerável em todo o mundo, principalmente a partir do
século passado, configurando-se, na atualidade, como um dos
mais importantes problemas de saúde pública mundial.
A freqüência de distribuição dos diferentes
tipos de câncer apresenta-se variável em função
das características de cada região, o que enfatiza
a necessidade do estudo das variações geográficas
nos padrões desta doença, para seu adequado monitoramento
e controle. Por meio de revisão da literatura especializada
mais recente, foram descritos alguns dos principais tipos de câncer
no Brasil, com enfoque nas pesquisas epidemiológicas que
investigaram os fatores associados ao risco de adoecer por estes
cânceres em nosso país. Desta forma, os autores deste
estudo objetivaram contribuir para a avaliação do
risco atual de câncer no Brasil, buscando uma análise
das tendências em sua incidência, estratégia
de fundamental valor para o desenvolvimento de políticas
de saúde adequadas que visem ao controle desta doença
em nosso país.
NEOPLASIAS MAMÁRIAS
LIPÍDIOS
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CIBEIRA, Gabriela Herrmann; GUARAGNA, Regina Maria. Lipídio:
fator de risco e prevenção do câncer de mama.
Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 1,
p. 65-75, jan./fev. 2006. Disponível em: Scielo.
A hipótese de que uma dieta rica em gordura promova o desenvolvimento
do câncer de mama na menopausa é fortalecida por estudos
caso-controle, que mostram forte associação positiva
entre uma dieta rica em lipídios e as taxas de incidência
de câncer de mama. Por outro lado, a ingestão dietética
de gordura não parece estar relacionada com o risco de câncer
de mama em estudos de coorte. Em vista desses achados conflitantes,
tem sido difícil propor qualquer recomendação
nutricional para a prevenção do câncer de mama.
Estudos com animais e observações recentes em humanos,
entretanto, têm mostrado evidências de que a dieta rica
em ácido graxo linoléico estimula vários estágios
no desenvolvimento de câncer mamário. Alguns estudos
ainda mostram que o óleo de peixe, constituído de
ácidos graxos w-3, parece prevenir o câncer pela influência
sobre a atividade de enzimas e proteínas relacionadas à
proliferação celular. Assim, são necessários
estudos epidemiológicos que integrem as interações
de ácidos graxos específicos com o catabolismo hormonal,
fatores nutricionais protetores e de risco relacionados com o câncer
de mama. Nesse trabalho, abordaremos os fatores protetores, de risco
e as implicações quali e quantitativas dos ácidos
graxos da dieta sobre o câncer de mama.
NEOPLASIAS MAMÁRIAS
QUALIDADE DE VIDA
046
MAKLUF, Ana Silvia Diniz; DIAS, Rosângela Corrêa; BARRA,
Alexandre de Almeida. Avaliação
da qualidade de vida em mulheres com câncer da mama.
Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 52,
n. 1, p. 49-58, jan./mar. 2006. Disponível em: Scielo.
O Câncer da mama causa alterações físicas,
sociais e emocionais gerando um grande impacto na vida das mulheres.
Esse impacto pode ser mensurado por escalas de qualidade de vida.
Neste trabalho, é apresentada uma revisão da literatura
sobre como a qualidade de vida é avaliada em mulheres com
câncer da mama, quais são os instrumentos disponíveis
e a metodologia utilizada para inferi-la. A maioria dos trabalhos
analisados são realizados em países de língua
inglesa, utilizam metodologia quantitativa e não há
consenso sobre qual melhor instrumento para medir a qualidade de
vida. Os estudos revelam pior qualidade de vida em mulheres submetidas
à mastectomia quando comparadas àquelas submetidas
à cirurgia conservadora da mama. Mulheres mais velhas sentem
menos o impacto da doença do que mulheres mais jovens. Mulheres
submetidas à terapia sistêmica, como quimioterapia,
apresentam pior escore de qualidade de vida global, saúde
geral, função física e social. Na busca da
melhoria da qualidade da assistência a mulheres com câncer
da mama, os indicadores de qualidade de vida poderão auxiliar
na prática clínica, nortear estratégias de
intervenção terapêutica, avaliar sucesso da
intervenção após cirurgia e tratamento oncológico,
além de criar parâmetros para definição
de ações no sentido de promoção de saúde
individual ou coletiva.