Goiânia, 07 de novembro de 2005.

AS PRÁTICAS DE ENFERMEIROS EM CENTROS DE SAÚDE

Aparecida Sílvia Mellin

Ana Maria Mendes

Olívia Separavich Pregnollato

Silvana Chorratt Cavalheri

Estudo de natureza qualitativa, realizado com 12 enfermeiras de cinco Centros de Saúde (UBS) e duas do Cets - Centro de Educação do Trabalhador em Saúde, órgão de nível central, em Campinas- SP. Com o objetivo traçar o perfil e conhecer o processo de trabalho do profissional enfermeiro das UBS, a partir do conhecimento de sua trajetória, inserção nos serviços, práticas, satisfações e insatisfações. Assim como uma análise das proposições da Secretaria Municipal de Campinas em relação a estes profissionais- a partir das falas das responsáveis pelo órgão de nível central. Ocorreu nos anos de 2004 e 2005, por meio de entrevistas semi-estruturadas que foram, posteriormente, analisadas com base nesse referencial de análise. Os dados mais importantes demonstram que há preocupação do nível central com o grupo de enfermeiros que atuam nestas unidades, mais especificamente no projeto Paidéia de saúde da família, observando ainda que eles atuam mais no campo da saúde coletiva que no núcleo da enfermagem. Já as enfermeiras, no mais das vezes, executam práticas destituídas da essência da fazer de enfermagem, dependentes das vontades e saberes individuais que de um projeto coletivo para a área. Podendo-se concluir que as políticas publicas, as relações interpessoais, a formação acadêmica, o aprimoramento e a postura pessoal, interferem e determinam seu processo de trabalho. Para que possam transformar os problemas emergentes do cotidiano de sua prática, devem avaliar suas ações e obter apoio mais particularizado de um projeto de ação para o exercício da enfermagem na Saúde Coletiva.

Correspondência para: Aparecida Sílvia Mellin, e-mail: asmellin@uol.com.br