Goiânia, 07 de novembro de 2005.

RETINOPATIA DA PREMATURIDADE - UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Aline Cruvinel Villa

Maria de Fátima Farinha Martins Furlan

Retinopatia da Prematuridade constitui um tema pouco demonstrado em estudos, principalmente na área de Enfermagem, apesar de considerada uma patologia muito importante nos berçários, por sua incidência ser bastante elevada em infantes pré-termos e de baixo peso ao nascer. A falha de encaminhamento precoce pelos pediatras e a falta de preparo de muitos oftalmologistas para fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento apropriado são provavelmente os fatores responsáveis pela enorme quantidade de bebês cegos anualmente no Brasil por Retinopatia da Prematuridade. A ROP, como é chamada atualmente, representa uma alteração do desenvolvimento vascular normal freqüentemente vista em bebês prematuros, cujas retinas ainda não se desenvolveram por completo. Os dois fatores mais importantes na determinação do aparecimento da ROP são o peso do nascimento e a idade gestacional. O objetivo geral foi realizar uma revisão bibliográfica sobre a ROP com a finalidade de atualizar os conhecimentos, e os objetivos específicos, abordar os principais fatores de risco para ROP, enfatizando os aspectos e a importância da intervenção preventiva, discorrer sobre a real importância do oxigênio no desenvolvimento da doença, discutir a importância da implementação de um serviço de triagem de ROP. Para atingir o objetivo proposto, foi realizada uma revisão bibliográfica no acervo de livros de Oftalmologia e Neonatologia, sites oficiais e artigos capturados da Internet. Conclusão: De um modo geral, os prematuros não estão sendo examinados para ROP, elevando a prevalência de cegueiras e deficiência visual grave. No Brasil, não há nenhum programa de diagnóstico ou tratamento em nível nacional. É importante salientar que se a doença for diagnosticada em estado avançado o prognóstico é muito reservado; 50-75% dos prematuros precocemente diagnosticados, evoluem favoravelmente. A partir destes resultados torna-se óbvia a importância do diagnóstico precoce da ROP, e consequente implantação do exame do Reflexo Vermelho como rotina em todas as Unidades Neonatais. Cabe a nós enfermeiras executarmos programas de pré-natal bem estruturados, assistência adequada à gestante e difundir informações sobre planejamento familiar, com o intuito de diminuir os partos prematuros. Assim como não podemos descartar também, a importância do oxigênio como fator associado na presença de prematuridade, e conseqüentemente avaliar o seu uso nos berçários, afim de diminuir ou atenuar os efeitos de sua utilização.

Correspondência para: Aline Cruvinel Villa, e-mail: alinecvilla@yahoo.com.br