Goiânia, 07 de novembro de 2005.

VALIDAÇÃO DO ÍNDICE DE SATISFAÇÃO PROFISSIONAL (ISP)

Glaucea Maciel de Farias

Renata Moreira Campos

Cristiane da Silva Ramos

Izaura Luzia Silvério Freire

O ISP avalia o nível de satisfação da equipe de enfermagem em relação a seis componentes: autonomia, interação, status profissional, requisitos do trabalho, normas organizacionais, remuneração, e identifica a importância relativa atribuída, relacionando a medida da situação atual de trabalho com a expectativa em relação ao trabalho. Objetivamos medir a confiabilidade do ISP e aplicá-lo na prática. Usamos dois meios de análise: o Alfa de Cronbach (AC) e o Tau de Kendall (TK) e o software Statistica para fazer os cálculos e através da determinação do AC, foram analisadas as correlações entre os itens e componentes. Os itens do mesmo componente foram agrupados e calculadas as correlações. Os itens da Remuneração e Normas Organizacionais foram mantidos. Os valores para o AC variam de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1, mais aceitável é o instrumento. Obtivemos o Alfa total da escala igual a 0,94 sendo a variação de erro pequena, o instrumento de avaliação possue pouco erro de medição. Identificamos que o Alfa do componente Remuneração, considerado moderado, melhoraria com a exclusão dos itens 1 e 14. O valor do Alfa do Status profissional, considerado aceitável, melhoraria se excluísse os itens 27 e 41. Autonomia também foi considerado aceitável, mas melhoraria com a exclusão dos itens 7 e 26. Normas Organizacionais, considerado aceitável ficaria melhor se excluísse os itens 25 e 33. Requisitos do Trabalho, aceitável, melhoraria com a exclusão do item 24. Interação Equipe de Enfermagem/Equipe de Enfermagem, considerado moderado, melhorando com a exclusão do item 16. Interação médico/equipe de enfermagem foi considerado aceitável melhorando com a exclusão do item 35. Um item que gerou certo grau de conflito quanto à conduta a ser tomada foi o 35, da Interação médico/equipe de enfermagem. Sua exclusão aumentaria o do sub Alfa-componente para 0,88, porém o mesmo apresentou correlação positiva, ainda que baixa, com os demais e o sub-componente ficaria limitado a 2 itens. Sendo assim, optou-se por sua manutenção. O outro teste de confiabilidade realizado foi o TK, que tem como princípio a comparação entre concordâncias e discordâncias em posições hierárquicas de duas medidas. Foi realizado para determinar se ocorreram diferenças significativas entre os valores do escore médio dos componentes e o escore ajustado na Escala de Atitudes com valor entre 0,80 e 0,90. Os valores do TK estão entre 0,85 e 0,87, e indicaram um alto nível de confiabilidade para o instrumento.

Correspondência para: Cristiane da Silva Ramos, e-mail: cristiane_ramos@hotmail.com