Goiânia, 07 de novembro de 2005.

ATENÇÃO DOMICILIAR: SATISFAÇÃO DO FAMILIAR

Débora dos Santos Cravo

Luciana da Silva Feitosa

Márcia Maria Bragança Lopes

A doença crônica é definida como uma condição médica ou problema de saúde com sintomas ou incapacidades que requerem uma administração a longo prazo (BRUNNER & SUDDARTH, 2000). É fundamental o acompanhamento sistematizado, humanizado e a presença da família como suporte para os cuidados dispensados ao doente em seu estado de adoecimento. A temática deste estudo aborda o Serviço de Apoio a Doentes Crônicos – SADC, ofertado à população por uma instituição hospitalar privada da cidade de Belém - Pará, conveniada com o Sistema Único de Saúde. Identificar a percepção dos familiares de um grupo de pacientes crônicos, acompanhados pelo Serviço, quanto sua importância na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, com base nas seguintes variáveis: perfil do paciente crônico e de seu cuidador; importância do SADC no sucesso do tratamento do doença, expectativas com a atenção dispensada e grau de entrosamento do serviço com o grupo estudado. Tipo de estudo quantitativo, com abordagem descritiva. Amostra composta por 20 familiares cuidadores. Instrumento de coleta o formulário. Os resultados demonstram que no perfil do doente crônico estudado, a faixa etária de maior concentração está entre 61 e 80 anos (55,0%); a patologia mais incidente é a hipertensão arterial (50,0%), com maior concentração (45,0%) no nível I de classificação, caracterizado por pacientes instáveis, e que quase a totalidade de cuidadores é formada por parentes (80,0%). Grande parte dos cuidadores (85,0%) reconhece a importância do SADC no sucesso do tratamento do doente e afirma que suas expectativas estão plenamente atingidas com a atenção dispensada (85,0). Conclui-se, portanto, que o modo de vida do paciente crônico será sempre um desafio aos profissionais e autoridades de saúde, principalmente se forem levadas em conta às necessidades de adaptação e o significado e importância de suas vidas. Nesse contexto, a família tem importância fundamental para o atendimento humanizado, visando sempre a qualidade de vida do paciente crônico.

Correspondência para: Márcia Maria Bragança Lopes, e-mail: mmbl@ufpa.br