Goiânia, 07 de novembro de 2005.
PROCESSO DO TRANSPLANTE DE FÍGADO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
Andréa Mathes Faustino
Fabiana Cardoso Ribeiro
Andréia Santos Santana
Flávia Bortolazzi
Ana Claúdia Arruda
Karina Vasconcelos
Elizângela Lopes Barbosa
Lilian Graziela Lopes de Lira
Os recentes avanços tecnológicos têm permitido a realização de procedimentos cirúrgicos mais complexos e entre eles o transplante de múltiplos órgãos, em que é essencial a atuação de uma equipe multiprofissional. E desde de 1999, o Hospital Bandeirantes, de grande porte, privado, de especialidades, localizado em São Paulo, que possui 203 leitos, sendo 41 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI); está autorizado legalmente pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Assistência à Saúde e Sistema Nacional de Transplante para realização de transplantes renais, sendo que a partir de 2003 foi autorizado para transplantes de Fígado. Desde então está designada uma enfermeira exclusiva para atender junto às equipes de transplantes atuantes no Hospital. O diferencial desta enfermeira é o atendimento à distância de pacientes listados na fila de transplante, o que ocorreu através da disponibilização de linha telefônica 24 horas por dia, 7 dias na semana; para retirada de dúvidas e acompanhamento do quadro clínico. Além disto a enfermeira realiza ambulatório, e acompanha o paciente individualmente em todos os procedimentos e suas possíveis internações. Atualmente a enfermeira presta esta atenção à 25 pacientes listados na fila. Dentro do processo do transplante é a responsável, por desencadear todo o fluxo interno (comunicar os setores envolvidos dentro do Hospital) e externo (contatar o receptor e acompanhar a captação) para viabilizar o transplante. Durante a captação identifica problemas de enfermagem com o doador de órgãos e realiza assistência necessária; faz revisão de prontuário e documentos processuais da doação; coleta de amostra de sangue; manter sítios cirúrgicos estéreis; ofertar materiais necessários para o campo cirúrgicos conforme solicitações; prepara o sistema e realizar a perfusão do órgão "in situ"e na bandeja e zelar pelo acondicionamento e transporte adequado do órgão. O translado de retorno para o hospital bandeirantes será realizado por ambulância. Todo procedimento cirúrgico é acompanhado pela enfermeira e, no pós transplante é feito a visita diariamente e sempre que necessário na unidade. E mesmo no pós alta é mantido o contato com transplantado. Desta forma consegue atingir seus objetivos de auxiliar a equipe no que for preciso para o sucesso do procedimento. E com isto estreita laços profissionais e acaba se envolvendo em toda a história de vida do paciente, acompanhando toda sua trajetória.