Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL NO CUIDADO DE ENFERMAGEM

Kaneji Shiratori

Ana Cássia Mendes Ferreira

Danielle Martins dos Santos

Thiago Alves Cavalcante

Thiago Quinellato Louro

Luis Carlos Santiago

Ana Lúcia Jezuino da Costa

INTRODUÇÃO: Trata-se de um estudo acerca da compreensão dos alunos do curso de profissionalização em enfermagem da Escola de Formação Técnica em Saúde Enfermeira Izabel dos Santos/ETIS, financiado pelo PROFAE, quanto ao que vem a ser a comunicação não verbal e a sua implicação no processo do cuidado de enfermagem. OBJETIVOS: Identificar a percepção dos alunos dos cursos de profissionalização em enfermagem da ETIS acerca da comunicação não-verbal na relação de cuidado e analisar a implicação da concepção acerca da comunicação não-verbal na prática enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo pautado na abordagem qualitativa tendo em vista a subjetividade que norteia os sujeitos nas suas ações e expressões, bem como a possibilidade de descrição desses significados. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista por meio de questionário. RESULTADOS: Pode-se evidenciar que o entendimento dos sujeitos acerca da comunicação não-verbal constitui-se basicamente da utilização de gestos e olhares perante a incapacidade de comunicação verbal. Deste modo, podemos verificar que há uma divergência entre o entendimento dos sujeitos e o real significado da comunicação não-verbal, ou seja, a cinesia, que é a fala do corpo através da emissão de sinais e gestos. Esta modalidade de comunicação é notada durante toda a relação de cuidado, mesmo quando exista a possibilidade da fala oral, sendo esta notada através dos olhares, dos gestos e da postura física durante a interrelação cliente-enfermagem, bem como enfermagem-cliente, tornando-se necessário compreender e decodificar as manifestações durante a interação. CONCLUSÃO: A enfermagem tem como objetivo o atendimento das reais necessidades do cliente, e para tal, utilizará como meio de comunicação o corpo, evidenciando assim a relevância da comunicação não-verbal, uma vez que lida com seres humanos, seus corpos e com a subjetividade inerente a cada pessoa. Portanto é necessário que os profissionais da saúde tenham seus sentidos aguçados para a identificação e reconhecimento destes sinais. Diante disso cabe ressaltar a importância das instituições de ensino em enfermagem, uma vez que estas formam aqueles que deverão promover um cuidado sensível e humanizado que proporcione melhora da qualidade de vida.

Correspondência para: Ana Cássia Mendes Ferreira, e-mail: aninhaenfunirio@yahoo.com.br