Goiânia, 07 de novembro de 2005.

VIVENCIANDO O CUIDADO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA GESTAÇÃO

Annie Jiupato Correa

Elisa Marques Mendonça

Eliete Maria Scarfon Ruggiero

INTRODUÇÃO: A gestação é um período de mudanças significativas no organismo materno, como alterações anatômicas, hormonais, psíquicas e fisiológicas que podem comprometer a saúde de mãe e filho. Embora a gestação seja um evento biológico, para algumas mulheres, pode representar uma situação de alto risco que ameaçam sua saúde. Dentre as diversas patologias que acometem na gravidez há duas síndromes hipertensivas: a hipertensão exclusiva da gravidez que é revertida após o parto, e a hipertensão crônica, coincidente na gestação. Este estudo teve por OBJETIVO compreender como as gestantes hipertensas representam sua condição de risco, mediante a assistência de enfermagem, de acordo com seu contexto socioeconômico. METODOLOGIA: O estudo foi desenvolvido numa maternidade do interior paulista, com doze gestantes que foram internadas com esta patologia. Para coleta utilizamos entrevista semi-estruturada e orientamos todas com roteiro traçando necessidades físicas, psíquicas e emocionais da gestante, além de noções sobre gravidez, nutrição, hidratação, eliminações, sono e repouso. Os dados foram processados através de análise descritiva. Utilizamos para a interpretação das falas a análise temática de onde surgiram três categorias: percepção da doença hipertensiva, importância da assistência individualizada e dificuldades relatadas. Principais RESULTADOS mostram que as gestantes acometidas pela hipertensão arterial sofrem algumas internações/reinternações durante a gravidez devido à elevação da pressão arterial, caracterizando uma gestação de risco. As gestantes foram receptivas e expressaram que após as orientações o sentimento de medo e insegurança foram amenizados. Outro ponto foi que a maioria das gestantes tem dificuldades para mudarem seus hábitos de vida, como alimentação e realização de repouso. Observamos a necessidade da gestante em tirar dúvidas com a equipe de saúde. Esse fato mostra como é importante ter uma assistência individualizada. CONCLUSÃO: Após as orientações e esclarecimento das dúvidas das gestantes, o número de reinternações sofreu uma redução e houve um aumento da qualidade de vida da gestante após a diminuição dos sentimentos de medo e ansiedade frente a sua condição de risco. Concluímos que há grande necessidade de atuarmos diretamente na assistência destas gestantes, pois os profissionais de saúde têm conhecimento e habilidade para orientar e avaliar a necessidade de cada uma. Dessa forma, pode-se desenvolver uma assistência de qualidade.

Correspondência para: Annie Jiupato Correa, e-mail: annie_enf02@yahoo.com.br