Goiânia, 07 de novembro de 2005.

DISTÚRBIOS ALIMENTARES EM ADOLESCENTES

Ana Cláudia de Lima Lara

Ana Isabel Ferrini Fernandes

Kássia Rufino Soares

Elaine Camargo

Maria Odete Pereira Hidalgo de Araújo

Maria Filomena Ceolim

Os transtornos alimentares são vistos como patologias que acometem a saúde psíquica e somática do indivíduo. Na adolescência, o ser humano está predisposto a desenvolver distúrbios alimentares, que carretam em prejuízo social e pessoal para os indivíduos caracteristicamente jovens, havendo a necessidade de um planejamento terapêutico e eficaz, bem como a alocação adequada dos recursos humanos e financeiros para aqueles que necessitam de assistência adequada. O estudo objetivou Identificar os transtornos alimentares, segundo o Diagnoses Statement of Mental IV; estabelecer a terapêutica para os transtornos alimentares, segundo o Diagnoses Statement of Mental IV (DSM IV) e participação da enfermeira no tratamento dos portadores de transtornos alimentares. Este trabalho é descritivo. Foi realizada uma revisão da literatura nas Bases de dados Scielo (Scientific Electronic Library on line), Lilacs (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Medline (Medical Literature of Line), dos últimos dez anos, acerca dos transtornos alimentares em adolescentes. Foram selecionados artigos que versavam sobre Anorexia Nervosa, Bulimia, Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica, Obesidade e Síndrome do Comer Noturno. Observou-se que os transtornos alimentares são patologias muito sérias que podem acometer grande número de adolescentes, havendo necessidade de reestruturação no estilo de vida desses indivíduos. Dentre os transtornos alimentares de maior incidência encontra-se a bulimia nervosa, que acomete principalmente adolescentes do sexo feminino de 15 a 18 anos, seguida pela anorexia nervosa, que acomete os adolescentes do grupo etário de 13 a 20 anos. Segundo estimativas, nos EUA, 20% a 25% da população norte-americana apresenta obesidade, especialmente nos adolescentes devido à má alimentação e ao sedentarismo. A terapêutica empregada nos Transtornos Alimentares, dada a gravidade dessas patologias, inclui a participação de familiares, equipe multidisciplinar, e a utilização de psicofármacos, em casos que requerem maiores cuidados. O enfermeiro tem pequena inserção na equipe multidisciplinar, que assiste aos clientes com Transtornos Alimentares e a sua atuação consiste em elaborar o plano de cuidado a ser executado e acompanhado pelos familiares, além de orientações ao paciente e familiares. O tratamento deve ser multidisciplinar. O enfermeiro tem uma pequena participação na equipe de saúde, podendo ampliar a sua área de atuação.

Correspondência para: Ana Cláudia de Lima Lara, e-mail: anacllima@ig.com.br