Goiânia, 07 de novembro de 2005.

CUIDADORES FAMILIARES DE PACIENTES EM ALTA: BARREIRAS E FACILIDADES

Andreia Pereira Martins

Ana Paula Felix

Daniele Menon

Márcia Maria Gíglio

Luciane Favero

Priscila Zimmer

Elaine Rossi Ribeiro

Ana Maria Dyniewicz

INTRODUÇÃO: Em 2003 iniciou-se projeto multiprofissional em hospital universitário com o objetivo de capacitar profissionais de saúde, para realizarem orientações aos cuidadores familiares de pacientes com seqüelas neurológicas em alta hospitalar. METODOLOGIA: Dividida em seis fases: 1ª Fase – Identificação do paciente e do cuidador. 2ª Fase – Avaliação multidisciplinar do paciente para orientação ao cuidador, por meio de fichas de avaliação da fisioterapia, nutrição e enfermagem. 3ª Fase – Diário de campo: relato de orientações realizadas. 4ª Fase – Referência Contra Referência: relatório para Unidade Básica de Saúde, sobre a história do paciente, o que foi orientado ao cuidador e outras informações. 5ª Fase – Relato dos casos - encontros com a equipe para discutir o caso e para ajustes ao plano de orientação. 6ª Fase – Visita domiciliar e/ou a Unidade Básica de Saúde. RESULTADOS: Na primeira fase do projeto em 2004 foram orientados 12 cuidadores, sendo 8 de paciente de neuroclínica e 4 de neurocirúrgica. Várias situações ocorreram, tais como: falta de integração da equipe, pouca organização dos dados, pouca disponibilidade de cuidadores em horários agendados, sobrecarga de trabalho, falta de tempo para montar protocolo de orientações, entre outros. Dentre os facilitadores, destacamos: acesso aos pacientes e prontuários; autonomia profissional; disponibilidade de bibliografias; perceber o aprendizado do cuidador, benefícios concretos para o paciente, segurança da família na alta, colaboração da equipe do setor, entre outros. A re-estruturação do projeto, após as análises e ajustes discutidos na 1ª fase, iniciou-se em junho de 2005. Foram orientados 2 pacientes, realizada uma visita domiciliar e acompanhamento ambulatorial. CONCLUSÕES: Pacientes, cuidadores e familiares sentem-se valorizados e interessados em saber mais sobre os cuidados a serem realizados em domicílio. A equipe envolvida no projeto está aprendendo a agir em conjunto, compreendendo que apesar das dificuldades nas condições de trabalho é possível organizar-se para realizar ações educativas. Esperamos, na continuidade do projeto ampliar o número de cuidadores orientados e o envolvimento de um número maior de profissionais e acadêmicos.

Correspondência para: Andreia Pereira Martins, e-mail: andreiamartins81@hotmail.com