Goiânia, 07 de novembro de 2005.

ALEITAMENTO MATERNO NA ADOLESCÊNCIA: CONCEPÇÕES E DIFICULDADES

Dorothy Nunes da Silva

Silvana Schwerz Funghetto

Dayse Amarílio Donetti Diniz

Vivenciar a gravidez e a amamentação durante a adolescência pode gerar ambigüidades de sentimentos na jovem mãe, como medos, inseguranças, alegrias, dúvidas e desejos. Achados bibliográficos referentes a trajetória histórica do aleitamento materno no Brasil, tendo como foco a adolescente no processo gravídico puerperal, conduziu as pesquisadoras aos programas de assistência à mulher existentes em nosso país. OBJETIVOS: Desvelar a concepção e as dificuldades encontradas pelas mães adolescentes ao realizar o aleitamento materno. METODOLOGIA: Estudo qualitativo descritivo exploratório, desenvolvido em um centro de saúde do Distrito Federal, durante o segundo semestre de 2004. As informantes foram doze puérperas escolhidas de modo intencional, de acordo com o comparecimento das mesmas à consulta de enfermagem. Os aspectos éticos deste estudo foram preservados por meio do encaminhamento do mesmo ao Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. As informantes receberam orientações prévias sobre o estudo e, a garantia de que os resultados seriam utilizados apenas para fins acadêmicos. As mesmas assinaram o termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo coma resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde. As entrevistas foram submetidas a análise de conteúdo subsidiada em Bardin (1995). RESULTADOS: Emergiram quatro categorias: Concepção da amamentação; Vantagens do aleitamento materno para a mãe e para o bebê; Dificuldades encontradas durante a amamentação e; Assistência de enfermagem no processo de amamentação da mãe adolescente. As principais dificuldades na amamentação, relatadas pelas informantes, foram a presença de mamas ingurgitadas, dificuldade da pega do bebe e, falta de informações desde o período pré-natal. Desvelou-se ainda, a importância do cuidado realizado pela equipe de enfermagem a essa clientela, considerando seu papel de facilitador tanto no vínculo mãe-bebê, como na educação em saúde para a jovem mãe, e seu núcleo familiar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Existe uma lacuna nas informações de saúde oferecidas às mães adolescentes que precisa ser preenchida, visando a melhoria da assistência. Novos estudos acerca dessa temática devem ser realizados, com um enfoque ampliado, envolvendo uma amostra maior dos Centros de Saúde do município, a fim de obtermos uma fotografia mais original da assistência de saúde oferecida às mulheres adolescentes.

Correspondência para: Silvana Schwerz Funghetto, e-mail: silvana@unieuro.com.br