Goiânia, 07 de novembro de 2005.

INFRA-ESTRUTURA DE UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA DA AMAZÔNIA - PAPAGAIOS

Aline Costa Gonçalves

Cristiane Girotto de Souza

Lia Romero

Daiane Cristina Pereira

Mariana Maciel Queiroz

Taise C. Marin Toledo

Ana Cláudia Lourenço da Silva

Zaida A. S. Geraldes Soler

Saúde segundo a OMS não é somente ausência de doença, mas um conjunto de fatores determinantes e condicionantes, onde os indivíduos vivem de forma dinâmica e em determinado território. Objetivo: realizar o levantamento da infra-estrutura de uma comunidade ribeirinha da Amazônia, a partir do qual será realizado um plano de ação. O diagnóstico preliminar foi realizado a partir de uma expedição formada por 11 integrantes, sendo 8 acadêmicos (2 da medicina e 6 da enfermagem) e 3 profissionais da área da saúde; entre os dias 5 e 11 de julho de 2005 pela região Amazônica no Estado de Rondônia, Município de Porto Velho, Distrito de Calama, Comunidade de Papagaios, distante cerca de 140 Km descendo pelo Rio Madeira a partir da cidade de Porto Velho. O local é de difícil acesso, feito por meio de barcos que sobem e descem o Rio Madeira. A energia elétrica é gerada por motor a diesel das 19:00hs às 21:00hs, não alcançando todos os pontos. Utiliza-se água retirada do rio, na grande maioria por meio de carregamento manual de baldes e em três pontos isolados por meio de bombas; a água consumida é tratada de modo inadequado com sulfato de alumínio e hipoclorito de sódio, pois, o sulfato de alumínio precisa ser comprado e o posto de saúde nem sempre tem hipoclorito para distribuir à população. O meio de transporte local disponível é a bicicleta. O destino do lixo é centrado na queima e alguns moradores informam que jogam no rio. Próximo a algumas casas existe fossa negra, local onde utilizam como banheiro. Existe um telefone público que estabelece comunicação apenas no período da tarde. Durante esta primeira expedição o posto de saúde não tinha energia elétrica nem água encanada, ainda havia falta de materiais e medicamentos. A equipe do Programa de Saúde da Família (PSF) atende a comunidade uma vez por mês no período da tarde, porém o último atendimento médico havia ocorrido há cinco meses. A escola local é multiseriada de 1ª a 4ª série. A possibilidade de construção de uma usina hidroelétrica na região causou discussão com o líder da comunidade, há uma preocupação com a qualidade da água e comprometimento da pesca. Conclui-se que há uma deficiência muito grande quanto aos recursos de infra-estrutura disponíveis, que conferirá um planejamento bem elaborado para otimizar as ações de saúde a serem desenvolvidas numa futura expedição.