Goiânia, 07 de novembro de 2005.

CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES NAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO

Antonio de Magalhães Marinho

Flávia Marinho Ribeiro

INTRODUÇÃO: Estruturação de um método de classificação de pacientes (SCP) que auxilie o enfermeiro no dimensionamento de profissionais de enfermagem para as Unidades de Internação frente à Resolução COFEN 293/2004. O SCP (Fugulin, F. e Col -1994) classifica os pacientes pelo grau de complexidade: Cuidados Mínimos (CMn), Cuidados Intermediários (CInt), Cuidados Semi-intensiva (CSI) e Cuidados Intensivos (CInts). É uma clasificação empírica e necessita de estudos práticos. Para isso, estabelecemos algumas características práticas, como pontos de referência, tais como: paciente estar ou não acamado (A / NA), situação dos sinais vitais / com ou sem risco de morte (RM/sRM) e grau de dependência [Indep(I) /Dep Parcial (DP) /Dep Total(DT)]. Método de Perfil Simples (MPS) èPaciente de CMn = NA/I/sRM; CInt = A/DP/sRM; CSI = A/DT/sRM e CInts = A/DT/RM. Método de Escore (ME) com 10 variáveis (Estado Mental / Sinais Vitais / Deambulação / Motilidade / Oxigenação / Eliminação / Alimentação / Terapêutica / Integridade da Pele / Higiene Corporal) com 5 perfis de dependência cada, variam do mínimo ao máximo de complexidade (em uma adaptação do continuum de Schein -1972 / Rensis Likert- 1975). OBJETIVOS: Comparar a classificação pelo MPS com a do ME e Propor um método de classificação para uso nas UIs. METODOLOGIA: Utilizou-se a observação sistematizada junto ao leito em ambos os métodos. No ME os dados foram complementados com as prescrições/prontuário. A coleta dos dados foi paralela por dois grupos de pesquisadores treinados. RESULTADOS: Foram observados 58 totalizando 116 avaliações (58 MPS / 58 ME). Nas avaliações ocorreram dois desvios (erro 2:58), isto é, situações em que não houve incidência na classificação dos pacientes. Um desvio (erro) ocorreu na avaliação de um paciente de CInt pelo MPS que contou 16 pontos no ME, faixa de CMn. O outro desvio (erro) na classificação de um paciente de CSIntens pelo MPS, mas no ME ele contou 28 pontos, na faixa de CInt. O índice de desvio (erro) foi de 3,45%. A diferença de pontos no ME oscilou entre +/- 1 do MPS. CONCLUSÃO: Considerando que a amostra de pacientes de CSIntens e Cintens é limitada, não devemos tirar conclusões definitivas, mas os resultados preliminares mostram que o MPS poderá ser utilizada como significativa margem de segurança como forma de classificação de pacientes para auxiliar no dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem das unidades de internação dos hospitais e/ou clinicas.

Correspondência para: Antonio de Magalhães Marinho, e-mail:

marinho@hucff.ufrj.br