Goiânia, 07 de novembro de 2005.

FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO CLÍNICA E SUBCLÍNICA PELO HPV EM HOMENS

Danielle Teixeira Queiroz

Lorena Barbosa Ximenes

A infecção clínica pelo Papilomavírus Humano tem tomado a característica de uma epidemia nos últimos anos em razão da sua alta taxa de incidência na população mundial. Considerada a virose de transmissão sexual mais comum em todo o mundo. Este estudo tem como objetivo analisar os fatores de risco para a infecção clínica e subclínica pelo Papilomavírus Humano (HPV) em homens. Para tanto foi realizado um estudo descritivo-analítico de caráter retrospectivo no período de fevereiro a abril de 2005 em um Centro de Saúde de Fortaleza-CE. O estudo consistiu de pesquisa a prontuários de 498 homens com diagnóstico de HPV. Dentre eles, 54,% estavam na faixa etária de 20 a 30 anos, 90,8% tinham escolaridade menor que 12 anos de estudos, 55,02% eram casados, 72,1% possuíam um parceiro sexual, 54,02% não fizeram uso do preservativo e 84,53% tinham relação do tipo heterossexual. A taxa de prevalência de infecção clínica foi de 68,72%, enquanto que a de infecção subclínica foi 19,47%. Do total de 498 homens que procuraram o serviço de saúde, 47% foi por demanda espontânea, 68,1% apresentou como motivo da consulta apenas a verruga genital e 100% deles tiveram diagnóstico confirmado para HPV. Foram identificados os seguintes fatores de risco: faixa etária de 20 a 30 anos, ser casado, não fazer uso de condom. Nenhum fator sócio-demográfico mostrou associação significativa para ocorrência de HPV. Conclui-se que a prevalência da infecção clínica e subclínica em homens é alta e os fatores de risco para os dois tipos de infecção são semelhantes e controláveis. Há necessidade de realizar um trabalho educativo adequado à realidade sócio-cultural de cada indivíduo para orientar a implementação de medidas de controle específicas que respeitem particularidades de cada ser humano.

Correspondência para: Danielle Teixeira Queiroz, e-mail: dteixeiraqueiroz@yahoo.com.br