Goiânia, 07 de novembro de 2005.

INCIDÊNCIA DE FRATURAS EM INDIVÍDUOS COM MAIS DE 50 ANOS

Sonia Carvalho Santos

Pacita Geovana Gama de Sousa Aperibense

Jurandir Lemos de Carvalho Júnior

Lys Eiras Cameron

O envelhecimento é influenciado por fatores biológicos, doenças e causas externas. Em idosos, a presença de fraturas, independente da causa, pode levá-los a incapacidade, alteração da qualidade de vida e morte. Trata-se de uma pesquisa de campo, quantitativa, que faz parte do projeto intitulado “Assistência de Enfermagem à criança, adolescente, adulto e idoso com distúrbios traumato-ortopédicos”. Nosso objetivo é estudar a incidência de fraturas em indivíduos com mais de 50 anos internados em um hospital geral de ensino do Rio de Janeiro, no período de 1993 a 2005. Os dados foram coletados entre os meses de março a maio de 2005 no livro de registro de admissão e alta do setor que assiste à indivíduos com distúrbios traumato-ortopédicos, agrupados em tabelas e distribuídos comparando sexo, idade dos pacientes e local da fratura. Os resultados demonstram que foram hospitalizados 1653 indivíduos com mais de 50 anos de idade sendo 72,5% mulheres e 27,5% homens. No sexo feminino, a faixa etária de 70 a 80 anos foram mais acometidas de fraturas, no sexo masculino, foi entre 60 a 70 anos. Independentemente do sexo, o segmento corporal mais afetado foi, notadamente, os membros inferiores. Segundo os dados obtidos no recorte temporal pesquisado, conclui-se que a incidência de fraturas foi maior em mulheres com idade entre 70 e 80 anos e em homens entre 60 e 70 anos. Ambos os grupos apresentaram alta incidência de fraturas, principalmente no fêmur. Justificar-se o fato pela fragilidade óssea observada com o envelhecimento, relacionado às condições nutricionais, fatores fisiológicos e meio ambiente, atingindo, em sua maioria, a população feminina. Notou-se também uma alta incidência de fraturas em membros superiores, nas menores faixa etária confirmando o reflexo de proteção durante a queda, ainda mantido em indivíduos próximos aos 50 anos. Nossos dados demonstram a necessidade de realizar programas de educação preventiva sobre a osteoporose a adultos jovens, de aumentar as orientações aos idosos sobre medidas que interfiram no ambiente físico; uso de medicamentos que possam prejudicar a mobilidade e o equilíbrio; a perda de acuidade visual e, além disso, de posse desses dados, tornar possível à Enfermagem de setores especializados (Traumato-ortopedia, reumatologia, geriatria) estabelecer protocolos para assistência mais adequada às necessidades desse grupo etário.

Correspondência para: Pacita Geovana Gama de Sousa Aperibense, e-mail: pacitageovana@yahoo.com.br