Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PERIOPERATÓRIO

Suzana Luizi Meller

Francisco Carlos Pinto Rodrigues

Narciso Vieira Soares

Acredito que o ato de cuidar em enfermagem é uma arte. Sendo assim, o que me estimulou a compartilhar esta experiência foi à necessidade de provocar uma reflexão sobre nossas vidas em relação com os outros. Nos primeiros dias de estágio, o medo, a insegurança e a curiosidade em relação ao estágio geram dúvidas e expectativas relacionadas ao seu desenvolvimento. De fato, aprendemos muito na teoria, como deveria ser e funcionar um Centro Cirúrgico, o papel do enfermeiro e da sua equipe, mas o que observamos é a fragmentação do processo de trabalho, alienando o trabalhador e interferindo na qualidade da assistência. O centro cirúrgico é um ambiente em que não podemos “fechar os olhos”. Também é um setor em que a permanência do paciente varia em média 3 a 5 horas. O cotidiano da equipe de enfermagem em um Centro Cirúrgico é muito complexo, afastando-nos muitas vezes do paciente em momentos que eles mais precisam. A cirurgia em si já provoca nos pacientes e na família reações diversas, independentemente das suas características, estas reações apresentando vários reflexos, gerando inúmeras dúvidas, medos e anseios. Desta forma, observa-se a grande importância {da} qualidade da assistência de enfermagem, sendo capaz muitas vezes de aliviar a ansiedade ao transmitir para o paciente poucas e claras informações, tendo como resultados pacientes mais confiantes e tranqüilos. Sabe-se que diante da grande demanda de pacientes cirúrgicos e da precariedade de recursos humanos muitas vezes não se consegue prestar ao paciente uma assistência humanizada que ele necessita, o que se pode tornar um trabalho alienado. Portanto, o cuidado do paciente de uma forma mais humanizada, com a inclusão da família é algo que mais nos deixou feliz durante a prática de estágio, sabendo que ao incluir a família na hora da recepção do paciente, transmitindo-lhes informações e ouvindo-as, diminui a ansiedade do paciente e da família. Sendo assim, como futuros profissionais é necessário termos clareza que devemos olhar o paciente não apenas com olhos de cuidador, mas também com a visão que eles tem do cuidado. No entanto, como acadêmica de enfermagem percebi que cuidar do ser humano é muito mais complexo, que só pode vir aliado à humanização e a educação em saúde. Tornando-nos gratificados em estar em contato direto com o paciente, proporcionando sua recuperação, promovendo a educação e a prevenção de sua saúde e observando no paciente o resultado da nossa atenção e dedicação.

Correspondência para: Narciso Vieira Soares, e-mail: nvsoares@urisan.tche.br