Goiânia, 07 de novembro de 2005.

PERCEPÇÃO DO RISCO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV

Andréia Aragão

Isolina de Lourdes Rios Assis

Neste estudo, tive como objetivo conhecer a percepção sobre os riscos da transmissão vertical do HIV que a gestante soropositiva tem quanto a transmissão vertical do HIV para o filho. Percorrer o caminho metodológico da pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica permitiu a interação com 11 gestantes soropositivas atendidas em ambulatório do Hospital Materno Infantil de Goiás, durante o mês de março de 2005. As entrevistas realizadas com apoio na questão norteadora "O que a senhora conhece sobre os meios de transmissão do vírus da AIDS da mãe para o filho?". As entrevistas só foram encerradas após saturação de dados, onde as falas começaram a se repetir. Assim os discursos possibilitaram o conhecimento de algumas dimensões dessa vivência, vividas na perspectiva de alguns pressupostos da fenomenologia existencial. A análise dos depoimentos, as vivências e as leituras realizadas desvelaram quatro categorias temáticas, que são: "o conhecimento da transmissão vertical, preocupação com a transmissão vertical, amamentação: sonho que não pode se realizar, direito de ser mãe". Deste estudo, emerge a percepção que a assistência às grávidas soropositivas, que na instituição de referência, atende um padrão de qualidade elevado, prova disso é que todas gestantes entrevistadas estão muitas bem orientadas. Entretanto, é importante considerar a disposição dos membros da equipe de saúde no sentido de sistematizar a formação de grupos específicos de grávidas soropositivas para HIV, segundo manifestações e anseios da clientela.

Correspondência para: Andréia Aragão, e-mail: andreiaaragao@hotmail.com