Goiânia, 07 de novembro de 2005.

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: INSATURAÇÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Alexandra Vargas de Souza

Raquel Borges da Silva

Miguel Padula Junior

Rogério de Jesus Padula

INTRODUÇÃO: As alterações circulatórias ao nascimento e durante todo o período neonatal levam a alterações funcionais fundamentais, como fechamento de estruturas e modificações nas resistências vasculares pulmonar e sistêmica. Com a respiração, a PO2 aumenta, atuando no canal arterial, resultando em seu fechamento. Por outro lado, o aumento do retorno venoso pulmonar eleva a pressão em átrio esquerdo, fechando o forame oval, cessando assim a passagem de sangue entre os átrios. Condições que fazem persistir a circulação transicional, sobretudo desconforto respiratório ou patologia pulmonar, retardam a regressão do padrão fetal, mantendo os canais circulatórios permeáveis, com shunt direito-esquerdo surgindo ou piorando estados hipoxêmicos2. A mistura do sangue insaturado ao arterial produz insaturação arterial sistêmica. Objetivo: Fundamentar o fator relacionado shunt venoarterial envolvido no diagnóstico de insaturação arterial sistêmica. Método: Este estudo será uma pesquisa bibliográfica a partir de materiais já elaborados, constituída principalmente de livros e artigos científicos realizado em junho de 2004. Desenvolvimento: A malformação cardíaca consiste na anomalia congênita mais comum, sendo responsável por cerca de 3% a 5% dos óbitos no período neonatal. As alterações abruptas impostas pela ablação do circuito placentário, tanto nos padrões circulatórios sistêmicos como no estabelecimento de respiração própria, constituem modificações muito acentuadas. A insaturação arterial periférica é definida como: “'o estado no qual o indivíduo apresenta uma diminuição de oxigênio na circulação periférica, caracterizada por hipóxia, taquipnéia, sonolência e irritabilidade relacionada a shunt venoarterial intracardíaco”. Sabe-se que a insaturação arterial é a quantidade de hemoglobina desoxigenada e pode ser representada na gasometria pelos valores de saturação de oxigênio abaixo de 95% e pressão parcial de oxigênio (PO2) abaixo de 80 mmHg. Os achados clínicos freqüentemente associados à cianose prolongada e grave incluem baqueteamento das pontas dos dedos das mãos e dos pés e policitemia. Conclusão: Foi possível através deste estudo fundamentar o fator relacionado shunt venoarterial, bem como atualizar-se para a pratica clinica em crianças com insaturação arterial sistêmica.

Correspondência para: Alexandra Vargas de Souza, e-mail: juniorpadula@bol.com.br