Goiânia, 07 de novembro de 2005.

MORTE LEMBRA. . . SENTIDO E PERCEPÇÃO

Leylane Porto Bittencourt

Gustavo Hamdan Borges

Aíla Coelho do Carmo

Ruth Mylius Rocha

Roberta do Nascimento Salgado

INTRODUÇÃO: A morte faz parte da vida, é uma etapa da existência humana. Entretanto, ela é vivenciada e tratada de diferentes formas pelas pessoas, de acordo com o sentido que a ela é atribuído. Este estudo, com abordagem quantitativa, foi realizado buscando-se compreender melhor a percepção de morte entre os participantes: se relacionada à própria morte, à morte de pessoas significativas ou à morte da pessoa a ser cuidada. OBJETIVO: Verificar a percepção de morte dos participantes (docentes e acadêmicos) a partir da dinâmica “morte lembra. . . ”. METODOLOGIA: A dinâmica ocorreu em Seminário proposto pela subárea Promovendo e Recuperando a Saúde Mental 5, do currículo integrado da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no mês de maio de 2005. No início da apresentação do seminário organizado pelos alunos foi realizada a primeira parte da dinâmica, sendo distribuídas tarjetas com a frase “morte lembra. . . ”, a ser completada. Seguiu-se a exposição interativa, na qual foram apresentados os tópicos: “o que é morte?”, “a morte em nossa cultura”, “as etapas da morte” e “humanizando a morte”. Após a exposição destes conteúdos, passou-se à segunda parte da dinâmica, idêntica à primeira, com o objetivo de verificar possíveis mudanças na percepção da morte. RESULTADOS: O público do seminário totalizou 24 pessoas. No primeiro momento da dinâmica, encontrou-se os seguintes dados: saudade (28%), perda (24%), tristeza (14%), falta e final (9,5% cada), vida, transição e interrogações (5% cada). Já no segundo momento encontrou-se: saudade (29%), perda (21%), ciclo natural da vida (12,6%), sofrimento e término (8,2% cada), medo, vida, tristeza, passagem e mudanças (4,2% cada). Constatou-se que tanto na primeira quanto na segunda etapa da dinâmica os dados mais relevantes foram saudade e perda, indicando que os participantes percebiam a morte como a morte do outro significativo, não como a sua própria. Entretanto, no segundo momento surgiram dados como ciclo natural da vida e mudanças, que caracterizam uma apropriação da idéia de sua própria morte. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Atualmente, na área da saúde, procura-se humanizar a morte, ou seja, resgatar a humanidade e a dignidade na morte. Nesse sentido, considera-se importante trabalhar esse tema com os estudantes, de forma a sensibilizá-los para uma apropriação da idéia de sua própria morte, como ocorreu no seminário em tela.

Correspondência para: Aíla Coelho do Carmo, e-mail: aila_coelho@yahoo.com.br