Goiânia, 07 de novembro de 2005.

TERAPIA COMUNITÁRIA E OFICINA DE AUTO-ESTIMA PARA FUCIONÁRIOS DO PSF

Ana Lucia de Moraes Horta

Nota-se cada vez mais o adoecimento mental das pessoas e de funcionários que trabalham em serviços de saúde principalmente vinculados ao programa de saúde da família devido a sentimentos de impotência, incapacidade no lidar com o outro ou ajudar no problema, isolamento e dificuldade em trabalhar em equipe e medo do desemprego devido a mudança de política de saúde. A partir dete cenário foi realizado um convite para que a UNIFESP Departamento de Enfermagem pudesse fazer um trabalho de cuidado de funcionários da Zona Norte de São Paulo em 5 Unidades de Saúde do Programa Saúde da Família vinculados à Fundação Zerbini em 2004 e 2005. A metodologia do trabalho realizada na região foi inicialmente conduzida a partir do levantamento de necessidades das pessoas envolvidas e de 10 sessões de terapia comunitária para diagnóstico de 394 funcionários da região que se propuseram a participar da atividade no 1º semestre de 2004. Após diagnóstico observou-se a tendência como também a baixa estima na maioria dos participantes, o que levou a proposta de criar no 2º semestre de 2004 oficinas de auto-estima inicalmente para 100 funcionários como um trabalho piloto para posterior avaliação e um curso de capacitação para técnicos (enfermeiros, médicos e dentistas) de terapia comunitária com a proposta de aplicação na comunidade com a inclusão dos funcionários das unidades, acreditando na força do grupo e no cuidado de escuta que a atividade proporciona. A atividade de formação de multiplicadores da terapia comunitária (TC) continua com supervisões de sessões nas unidades com a comunidade e há uma programção de novas oficinas de auto-estima para o 2º semestre de 2005 devido os resultados do trabalho realizado. Com estas atividades de saúde mental como a TC que propõe a expressão de sentimentos e formas de resolução de problemas a partir dos participantes, fortalecendo o indivíduo e o grupo de acordo com suas necessidades, a prática mostrou que favoreceu a formação e ampliação de rede buscando a potencialidade e autonomia do indivíduo e do grupo, onde as oficinas de auto-estima foram um suporte para buscar em si maior auto-confiança e alternativas novas para enfrentamento de suas crises, além de facilitar a ampliação de rede solidária entre as 5 unidades da região a partir do encontro semanal destas pessoas durante 2 horas em local próximo e de acesso fácil. Os resultados mostraram a importância e necessidade da continuidade de atividades dessa natureza.

Correspondência para: Ana Lucia de Moraes Horta, e-mail: eryana.ops@terra.com.br