A INFLUÊNCIA DA GESTÃO NA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

Maria Auxiliadora Ribeiro de Jesus

Elaine Diana Kreischer

Andreia Fontes da Paz

Suely Carvalho Pizeta

Claudia Maria da Silva Sá

Os enfermeiros supervisores de um Hospital Universitário (HU) no decorrer de suas atividades são solicitados para participarem da assistência aos clientes em estado crítico, sempre que existe ausência do enfermeiro do setor. Por diversas vezes, quando o paciente agrava e evolui para a parada cardiopulmonar (PCR), os supervisores se deparam com condições e condutas inapropriadas em função dos recursos materiais insuficientes, armazenamento dos equipamentos de forma descentralizada e falta de coordenação e habilidade técnica de alguns membros da equipe multiprofissional durante a Reanimação Cardiorrespiratória (RCP). Para melhor explorar o estudo, delimitamos como objeto a influência da administração na assistência ao cliente em PCR, pois acreditamos que as funções dos enfermeiros: planejar, executar e avaliar contribuem para a disponibilização de recursos materiais essenciais e recursos humanos capacitados para o cuidado. Diante deste problema, definimos como objetivos: Analisar as funções administrativas do enfermeiro em relação à RCP e Identificar os fatores que influenciam a assistência de enfermagem durante a RCP. Este estudo possui uma abordagem qualitativa de natureza descritiva, que utilizou para a coleta de dados uma entrevista semi-estruturada, através de um questionário com questões abertas. O cenário da pesquisa são as enfermarias do Serviço de Enfermagem Clínica (SEC) de um HU no Estado do Rio de Janeiro (RJ). Definiu-se como sujeitos os enfermeiros chefes do SEC. Para a análise dos dados foi utilizada a análise do conteúdo e destacado quatro categorias quanto às ações administrativas, definidas como: Previsão e provisão de materiais; Controle do material; Treinamento da equipe multidisciplinar e Utilização de protocolos de RCP. Os enfermeiros enfatizaram que o principal fator que dificulta a assistência de enfermagem durante a RCP são os materiais e equipamentos insuficientes e com funcionamento inadequado e destacaram como facilitadores: a previsão e provisão de materiais e sua disponibilização em local de fácil acesso, o treinamento e o entrosamento da equipe multidisciplinar e a importância da utilização de protocolos para padronização das condutas. Consideramos que a PCR é uma situação de emergência, onde o tempo e ações interferem diretamente no sucesso da assistência, sendo importante a elaboração de protocolos e o treinamento da equipe, o que colocamos em prática a partir da criação de um grupo de trabalho sobre RCP.

Correspondência para: Maria Auxiliadora Ribeiro de Jesus, e-mail:

guerreirodora@predialnet.com.br