Goiânia, 07 de novembro de 2005.

TERAPIA DE REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA E A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

Jenifer Sionara Góes da Silva

Milena Balsanelli

Rosy Eliana Sáez

INTRODUÇÃO: As Doenças de Depósito Lisossômico (DDL) são doenças genéticas causadas pelo acúmulo de algum tipo de substrato, como conseqüência de uma deficiência enzimática. A deficiência da enzima traduz o acúmulo progressivo do substrato, alterando o aspecto e a função da célula, neste momento se manifestam os sinais e sintomas, graves, progressivos e crônicos. As doenças genéticas que possuem Terapia de Reposição Enzimática (TRE), não obtêm cura, mas a reposição da enzima que estava deficiente alivia os sintomas e melhoram a qualidade de vida do paciente. Esta TRE é administrada por via intravenosa e direcionado através de um esquema terapêutico que revela a necessidade e quantidade de infusões ao paciente. O trabalho realizado pelo enfermeiro é a administração desta Terapia, devendo estar capacitado através de um Training Program de Enfermagem, onde receberá informações pertinentes a TRE e os cuidados a serem prestados ao paciente e família. OBJETIVOS: Promover a informação sobre a TRE nas Doenças de Depósito Lisossômico e revelar a importância e a necessidade do enfermeiro estar capacitado para administrar a TRE no seu serviço. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica. RESULTADOS: A atuação do enfermeiro na TRE segue três premissas básicas: genética, assistência de enfermagem e ética profissional. É responsabilidade e dever do enfermeiro que trabalha em genética, estar atualizado nos avanços das biociências, para que possa cuidar com responsabilidade, ou seja, cuidar ético voltado ao paciente. Verifica-se a necessidade do enfermeiro em realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), de modo que possa acompanhar o paciente em consulta, para avaliar a condição de pré, trans e pós-infusão, sabendo reconhecer os sinais e sintomas, as formas de apresentação da doença, as reações adversas e efeitos colaterais, as limitações e benefícios da TRE. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Está evidente que a genética começa a se expandir na área de Enfermagem e deste modo a busca de conhecimento e atualização são fatores imprescindíveis para o cuidar – o ser cuidador. O enfermeiro desempenha um papel importantíssimo na TRE, pois, é uma Terapia nova e aplicada a algumas doenças, que são raras e pouco conhecidas na prática. Para isso, o comprometimento de uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, com foco de atendimento centrado no paciente é a forma mais ética e profissional de prestar a devida assistência ao paciente e sua família.

Correspondência para: Jenifer Sionara Góes da Silva, e-mail: goesdasilva@yahoo.com.br