Goiânia, 07 de novembro de 2005.

O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS USUÁRIOS DO SETOR DE TOMOGRAFIA DO HMSA

José Helder Alves Aragão

Anialcy Barbosa Faria

A assistência de enfermagem ao cliente usuário do Setor de Tomografia Computadorizada baseia-se em conhecimentos que vão desde os fundamentos do uso de radiação à identificação da clientela. A utilização de meios diagnósticos através de raio X sofreu evolução tecnológica com o passar dos anos. O tomógrafo é resultado dessa evolução, significando um meio de emitir raios X necessários ao estudo das diversas partes do corpo humano. Há atualmente um aparelho operante no HMSA que realiza grande parte dos exames do município e fora dele. Observa-se que a assistência de enfermagem ao cliente usuário do setor de tomografia, apenas contempla a recepção, o acompanhamento durante o posicionamento e a administração do contraste. Entende-se que conhecer o perfil epidemiológico desta clientela, a partir do levantamento de dados, implicará na melhoria do atendimento, já que é recente a alocação de um enfermeiro no setor. O estudo objetiva-se a conhecer o perfil epidemiológico da clientela além de analisar e refletir sobre ele, enquanto possibilidade de implementar ações que sejam facilitadoras do trabalho. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa descritiva que utilizou-se do livro de registros no período de setembro de 2004 a julho de 2005. Os dados categorizados foram: sexo, exame, uso de contraste, local de origem e procedência. Os dados foram tabulados, ordenados e classificados em uma distribuição de freqüência e a seguir foi calculado o percentual. Os resultados encontrados apontam que num total de 3760 clientes, 2116 (56,3%) são homens e 1. 644 (43,7%) mulheres; 2862 (76,1%) foram feitos em clientes pertencentes ao município e 896 (23,9%) em clientes que residem fora dele; 979 (22,4%) receberam contraste para operacionalização; as tomografias mais freqüentes no período foram as cranianas 2435 (55,8%), as abdominais 649 (14,8%), as pélvicas 423 (9,7%), as torácicas 270 (6,1%), as lombares 194 (4,4%), as cervicais 126 (2,8%) e as de face 94 (2,1%); quanto a procedência 3606 (82,7%) são oriundos do Setor de Emergência, 754 (17,2%) possuem número de prontuário e consequentemente são clientes internados ou ambulatoriais e 77 (0,1%) não possuem identificação. Conclui-se que os dados apontam para a grande demanda de clientes do município e fora dele, sobrecarregando o setor. O número significativo de homens relaciona-se aos acidentes, já que os atendimentos, em sua maioria, são procedentes da Emergência, daí a necessidade da assistência mais especializada.

Correspondência para: José Helder Alves Aragão, e-mail: josehelder@predialnet.com.br