Goiânia, 07 de novembro de 2005.

PERFIL DE USUÁRIAS DO PROGRAMA DE PLANEJAMENTO FAMILIAR EM UMA USF

Carine Nepomuceno Guimarães

Zulmerinda Meira Oliveira

Alane Novaes Moraes

Ana Luiza de Jesus Trindade

Ana Paula Santana Dias

Considerando que nas Unidades Básicas de Saúde existem programas de assistência ao Planejamento Familiar, onde estes influenciam na redução da morbimortalidade materna, na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST – e HIV/AIDS, contribui na redução do número de esterilizações e cesarianas desnecessárias, bem como na redução do número de abortos e gravidez indesejadas. Ressaltando-se, ainda, a influência desse na redução da mortalidade infantil, possibilitando um intervalo maior entre os nascimentos e propiciando um período maior de amamentação. Nesta perspectiva, o Planejamento Familiar tem caráter educativo, estimulando seus usuários ao auto-conhecimento e ao auto-cuidado, contribuindo, assim, para que os mesmos possam exercer os seus direitos sexuais e reprodutivos de forma livre e consciente. Desse modo, entendemos que pesquisas como esta apresentam uma relevância consubstancial, vez que apontam informações contribuintes para a implementação de novas estratégias, visando a melhoria na qualidade da assistência. OBJETIVO: Conhecer os métodos contraceptivos mais usados pelos usuários do Serviço de Planejamento Familiar de uma Unidade Básica de Saúde e identificar as queixas mais freqüentes relatadas por esses usuários. MÉTODO: Pesquisa documental, de cunho quantitativo, realizada em uma Unidade Básica de Saúde do município de Jequié-BA. Os dados foram coletados a partir da análise de 50 prontuários de usuários do Serviço de Planejamento Familiar, sendo uma amostra não intencional e não probabilística. RESULTADOS: Verificou-se 100% dessa clientela são do sexo feminino, das quais, 42% têm idade compreendida entre 21 e 25 anos; 38% são casadas; 36% engravidaram apenas uma vez, coincidindo com 36% que engravidaram duas vezes; 44% tinham apenas um filho e 34% optaram pelo uso do contraceptivo oral. Em relação às queixas inerentes ao uso dos métodos contraceptivos, o nervosismo foi apontado por 31% das usuárias. Dessa forma, conclui-se que o Planejamento Familiar caracteriza-se ainda como sendo apenas uma responsabilidade da mulher, traduzindo sua eficiência no tocante ao número de filhos, o que nos leva a acreditar que a maioria busca o serviço como forma de prevenir apenas a gravidez, visto que as queixas não foram suficientes para desestimular o uso da anticoncepção oral.

Correspondência para: Carine Nepomuceno Guimarães, e-mail: estrelacari@yahoo.com.br