Goiânia, 07 de novembro de 2005.

MULHERES PORTADORAS DE DSTS: VIVÊNCIA DOS ACADÊMICOS

Cleusa Alves Martins

Aclécio Dias Menezes

Trata-se de relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem do Programa de Extensão da Universidade Federal de Goiás, desenvolvido com mulheres portadoras de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), na Região Leste, em Goiânia-GO. As DSTs se destacam como maior causa de procura assistencial, no serviço de saúde, considerada entre as cinco principais causas de atendimento. Se não tratadas podem provocar sérias complicações, como infertilidade, abortamento espontâneo, má-formação congênita e até a morte. A maioria das DST provoca inflamação e/ou ulceração genital da pele ou mucosas, facilitando, assim, a disseminação do HIV. Acomete, principalmente, adulto em idade reprodutiva possibilitando a disseminação entre parceiros. São doenças de difícil detecção, podendo ser assintomática e apresentar-se com poucos sintomas visíveis. A problemática é agravada pela grande quantidade de indivíduos que se automedicam com tratamentos inadequados, resultando em aumento da resistência antimicrobiana, levando assim, a quadros subclínicos que os mantêm transmissores. A possibilidade de transmissão vertical contrasta com tratamento fácil e de baixo custo. A alta prevalência das DST, freqüentemente, se relaciona à clientela que possui comportamento de risco e outras atitudes capazes de prevenir a reincidência da doença e o tratamento dos parceiros. Objetivos: Identificar as ações de educação em saúde realizadas com as mulheres portadoras de DSTs; avaliar as ações desenvolvidas pelos agentes de saúde. Metodologia: A população constituiu-se de agentes de saúde e mulheres atendidas pela equipe sete do PSF no ano de 2004 no CAIS Amendoeiras. Foram realizadas consultas de enfermagem, exame físico e coleta colpocitológico; desenvolvidas ações de educação em saúde com grupos de mulheres. Quanto aos agentes de saúde foram realizadas oficinas para capacitação. Considerações Finais: O projeto possibilitou a realização de consultas de enfermagem e exames colpocitológicos em 80 mulheres, usuárias SUS, identificação de várias DSTs, acompanhamento do tratamento e orientações através de visita domiciliar, oficinas de educação em saúde - discussão de temas pertinentes à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, na população sexualmente ativa. As oficinas de capacitação com agentes de saúde possibilitaram a qualidade da identificação de mulheres com comportamento de risco para a aquisição de DST.

Correspondência para: Cleusa Alves Martins, e-mail: cleusaam@terra.com.br