Goiânia, 07 de novembro de 2005.

BARREIRAS CULTURAIS PARA O AUTO-EXAME DAS MAMAS

Angela Regina de Vasconcelos Silva

Raimunda Magalhães da Silva

Nara Livia Rocha Ribeiro

Lya Araujo Costa Bastos

Kelly Nobrega Cavalcante

Mariana de Barros Sanches

Francisco Antonio da Cruz Mendonça

Nos últimos anos, têm se discutido bastante sobre a necessidade do auto-exame das mamas, pois, trata-se de um método eficaz recomendado pelo Ministério da Saúde que possibilita a detecção precoce do câncer. Teve como objetivo investigar as barreiras culturais para a prática do auto-exame das mamas, com mulheres jovens e universitárias da área da saúde. Estudo descritivo e exploratório e permitiu avançar no conhecimento sobre o problema da não-adesão ao exame da mama. A pesquisa foi desenvolvida na UNIFOR com 350 estudantes dos oito (8) cursos de graduação do Centro de Ciência da Saúde (CCS). Para a coleta de dados usou-se um questionário e os dados foram organizados em tabelas e gráficos, após, computados pelo programa SPSS e analisados com ênfase nos aspectos culturais e do autocuidado. Das 350 entrevistadas, 44 (19,1%) não acreditavam ter idade suficiente para ter o câncer de mama; 145 (63,0%) afirmaram ter descuido com a saúde; 10 (4,3%) sentiam vergonha de si tocar; 159 (68,5%) preferiram que o médico fizesse o exame das mamas; 29 (12,7%) acreditavam que esta doença nunca acontecerá com elas; 12 (5,3%) não gostavam de si tocar e 190 não o faziam por esquecimento. Conclui-se que o auto-exame é um dos métodos importantes na detecção precoce do câncer de mama, tornando-se necessário que esta prática seja estimulada constantemente por profissionais da área da saúde. Os dados contribuirão para um melhor conhecimento sobre as barreiras culturais que impedem a realização do auto-exame das mamas.

Correspondência para: Angela Regina de Vasconcelos Silva, e-mail: angela_r_silva@yahoo.com.br