Goiânia, 07 de novembro de 2005.

OS JOVENS FRENTE A PREVENÇÃO DAS DST/AIDS

Ana Maria da Silva

Marcio Tadeu Ribeiro Francisco

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi identificada no Brasil em 1982. A epidemia não respeitou limites geográficos, sexo ou orientação sexual. E, até agora a arma eficaz para combatê-la é a prevenção. Na consolidação da atitude preventiva é fundamental democratizar a informação e a educação para a saúde com enfoque específico para a questão. O estudo dos adolescentes constitui um tema de grande relevância no âmbito da saúde pública. Acreditando na necessidade de interagir mais aproximadamente com esse segmento populacional, para construir melhores respostas aos problemas identificados, este estudo tem por objetivo averiguar o conhecimento dos adolescentes, as fontes de informação e práticas adotadas frente aos desafios da prevenção da DST/AIDS. A população pesquisada constitui-se de 102 estudantes de ambos os sexos, da primeira, segunda e terceira séries, do ensino médio de uma escola estadual no município do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo descritivo-exploratório de natureza quantitativa. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário auto-aplicado. Os resultados foram analisados com técnicas de estatística descritiva à luz do referencial teórico “enfermagem/adolescente/HIV-Aids”. Os resultados demonstram que a maioria tem conhecimentos corretos relacionas à Aids, porém uma parcela ainda tem o falso conhecimento que beijar no rosto, abraço e aperto de mão, assento de vasos sanitário e transportes, picada de insetos, o ato de doar sangue podem causar contaminação pelo vírus HIV; Ao serem solicitados a informar quanto ao risco de se infectar pelo vírus HIV 38,00% consideram correr pequeno risco e 30,00% nenhum risco; 11,00% afirmam alto risco e 8,00% risco moderado. Em relação à participação em atividades educativas 50,00% já assistiram algumas vezes palestra(s), vídeo(s), filme(s) sobre Aids na escola; e 24,50% nunca assistiram; 84,31% gostariam da inclusão de projeto/programa com informações e esclarecimentos sobre DST/Aids na escola; 32,35% dos alunos nunca tiveram relação sexual, 30,39% tiveram várias relações com o mesmo parceiro e 27,45% várias relações com parceiros diferentes; dentre os que já transaram 56,06% relataram sempre fazer uso do preservativo; 18,18% com freqüência; 13,64% não usam o preservativo e 12,12% raramente. 75,49% entendem que o aluno portador do HIV não deve ser afastado da escola. As fontes mais citadas como veículos de informação sobre DST/AIDS foram: televisão, profissionais de saúde,

Correspondência para: Ana Maria da Silva, e-mail: anaescorpiao@uol.com.br