Goiânia, 07 de novembro de 2005.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO:CRIANÇAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

Ana Llonch Sabares

Erika Tatiana Marcondes David

Introdução: No momento do nascimento as crianças com cardiopatias congênitas, habitualmente, tem peso e estatura normais para a sua idade gestacional. Entretanto o ganho ponderal nos primeiros meses de vida extra-uterina não é o esperado, e por volta do quarto mês de idade já existe um déficit de peso para a idade. Sem tratamento especifico para a malformação o estado nutricional dessas crianças continua a deteriorar-se e no final do primeiro ano de vida encontra-se prejuízos também na estatura, e no desenvolvimento, caracterizado por lentidão no desenvolvimento psicomotor. O retardo do crescimento e a menor tolerância ao exercício são conseqüências da ingestão de nutrientes e oferta de oxigênio inadequado para o metabolismo celular nessas crianças. Devido a sua limitação física o lactente participa de atividades menos desgastantes e a televisão constitui o seu único meio de recreação, o que não favorece o seu desenvolvimento neuropsicossocial. A criança necessita de oportunidade de desenvolvimento social e os pais necessitam de orientação antecipada para cuidar de seus filhos objetivando minimizar os efeitos da cardiopatia congênita sobre seu crescimento e desenvolvimento. Acreditamos que as enfermeiras podem ajudar a desenvolver planos de cuidados, junto com a família, para o atendimento adequado às necessidades da criança portadora de cardiopatia congênita, decorrentes do processo de crescimento e desenvolvimento prejudicado pela doença. Objetivos: Avaliar o crescimento e o desenvolvimento de lactentes entre três e vinte e quatro meses de idade, portadores de cardiopatia congênita, que freqüentam o ambulatório de pediatria de um hospital escola no município de São Paulo. Casuística e método: É um estudo exploratório, descritivo e de campo com abordagem quantitativa. A mostra foi composta de 14 crianças entre três e vinte e quatro meses de idade A avaliação do crescimento foi realizada por meio da mensuração do peso e altura da criança. Para a avaliação do desenvolvimento foi utilizado o Teste de Triagem de Desenvolvimento Denver II. Conclusões: Os resultados permitiram concluir que houve um comprometimento no peso e na estatura e as cardiopatias congênitas que mais repercutiram no peso e na altura foram a comunicação interatrial, comunicação interventricular e tetralogia de Fallot; quanto ao desenvolvimento dessas crianças o estudo detectou a incidência de suspeita de atraso relacionada com a área pessoal-social e motora-grossa.

Correspondência para: Ana Llonch Sabares, e-mail: sabates@terra.com.br