Goiânia, 07 de novembro de 2005.

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES

Leila Cristina Oliveira Santos

Maria Cláudia Tavares de Mattos

Maria Pontes de Aguiar Campos

Ana Dorcas de Melo Inagaki

Rita Maria Viana Rego

Maria Auxiliadora Resende Feitosa

Amândia Santos Teixeira Daltro

Ana Cristina Freire Abud

O presente estudo abordou as medidas de controle e prevenção de infecção e verificou a atuação dos profissionais de enfermagem frente a essa prática numa unidade de infectologia. Hoje, à luz da evolução da ciência e avanço da microbiologia, o controle de infecções hospitalares permanece desafiador e, em parte, o elevado número destas é cultivado pelos próprios indivíduos designados “provedores da saúde”, à medida que ignoram ou desconhecem as normas, comprovadamente eficazes, de prevenção e controle de infecção. De acordo com Medeiros; Wey (2004), as infecções hospitalares são aquelas adquiridas pelo cliente durante a hospitalização e geralmente aparecem após 48 a 72h da internação. Constituem grave problema de saúde pública e estão entre as principais causas de morbidade e letalidade. Tendo em vista a problemática citada e a par do relevante papel dos profissionais de saúde no controle e prevenção de infecções, levantou-se o seguinte questionamento: como a equipe de enfermagem vem atuando frente às medidas de controle e prevenção de infecção? A pesquisa foi realizada numa unidade de infectologia, em decorrência da maior concentração de clientes portadores de doenças infecto-contagiosas neste setor e da necessidade da aplicação de medidas de prevenção de infecção no mesmo. Através dessa pesquisa verificou-se que a equipe de enfermagem do setor estudado vem atuando de forma deficitária em alguns quesitos essenciais no controle e prevenção de infecção, contribuindo, em algumas situações, para a disseminação de patógenos. Desse modo, respondemos aos objetivos propostos quando observamos que 100% dos profissionais de enfermagem pesquisados lavaram as mãos aplicando técnica inadequada, não lavando os antebraços nem utilizando papel-toalha ao fechar a torneira. Aproximadamente, 5% lavaram as mãos antes de manter contato com o cliente portador de doença infecciosa, enquanto que 95% não o fizeram. Após o contato, 81% procederam à lavagem das mãos e apenas 19% não lavaram. Com relação à lavagem das mãos entre procedimentos distintos com o mesmo cliente, 5% lavaram e 95% não o fizeram. No entanto, foi evidenciado que os EPI´s eram apenas entregues sem o repasse de orientações relativas ao uso, freqüência de troca e descarte corretos. De modo semelhante, também não foi evidenciado orientações aos acompanhantes e visitantes quanto às medidas de controle e prevenção de infecção durante o período de coleta de dados.

Correspondência para: Maria Cláudia Tavares de Mattos, e-mail: mctm@ufs.br