Goiânia, 07 de novembro de 2005.

PERFIL PROFISSIONAL DE UMA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Adriana Maria Rodrigues Moreira

INTRODUÇÃO: O trabalho de enfermagem é realizado por profissionais que têm formação de nível superior, de nível médio e de nível fundamental de ensino. OBJETIVO: Investigar o grau de instrução e a formação profissional da equipe de enfermagem do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE). METODOLOGIA: Estudo de natureza descritiva com abordagem quantitativa. A investigação foi realizada no HUPE que é uma das unidades da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). RESULTADOS: Dos 43 profissionais de enfermagem entrevistados, 5 (11,62 %) exerciam no HUPE a função de ENFERMEIRO; 36 (83,72 %) exerciam a função de AUXILIAR DE ENFERMAGEM; e 2 (4,65 %) exerciam a função de AUXILIAR DE SERVIÇOS DE SAÚDE. A Lei do Exercício Profissional da Enfermagem estabeleceu o ano de 1996 como prazo para que só exercessem a enfermagem: enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem, extinguindo assim a profissão atendente de enfermagem. No entanto, na ocasião da coleta de dados, ainda existiam na instituição funcionários que não atendiam a profissionalização mínima exigida pela lei. O cargo de Auxiliar de Serviços de Saúde vinha sendo extinto pela capacitação profissional através do programa INVESTUERJ e posterior ascensão para o cargo de Auxiliar de Enfermagem. INVESTUERJ é uma atividade desenvolvida pela Superintendência de Recursos Humanos, através do Departamento de Seleção e Desenvolvimento de Pessoal, que permite aos funcionários da UERJ iniciarem ou complementarem a sua formação educacional, em nível fundamental e médio, durante o expediente de trabalho. Dos 5 profissionais que exerciam no HUPE a função de ENFERMEIRO, 1 concluiu o Mestrado, e 2 estavam cursando o Mestrado. Dos 36 profissionais que exerciam a função de auxiliar de enfermagem, 04 eram enfermeiros, 01 era fisioterapeuta, 01 era advogado e outros 07 profissionais estavam cursando o ensino superior: 4 eram acadêmicos de enfermagem, 1 era acadêmico de medicina, 1 era acadêmico de direito, e 1 era acadêmico de análise de sistemas. CONCLUSÕES: A pesquisa revelou que os profissionais de enfermagem do HUPE dão continuidade aos estudos. Tal tendência parece contribuir para a elevação do nível de qualidade da assistência prestada, entretanto questionamos se a formação educacional superior à exigida pela função que desempenham, não resulta em falta de motivação ou frustração por não terem suas potencialidades absorvidas pela instituição e por não receberem salário compatível com sua instrução

Correspondência para: Adriana Maria Rodrigues Moreira, e-mail: adrianarodrigues@petrobras.com.br