O CUIDADO SOLIDÁRIO NO AGIR PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO EM PEDIATRIA
Alexandra Maria Alves
Christiane da Silva Ferreira Gonçalves
Maria Aparecida Martins
Sueli Terezinha da Silva
Tânia Cristina Auwerter
Ivete Palmira Sanson Zagonel
INTRODUÇÃO: Estudo que tem como objeto de investigação o cuidado solidário sob a ótica dos enfermeiros, a partir da compreensão que a enfermagem é uma profissão caracterizada pela predominância de suas atividades no ato de cuidar. O cuidar exige do enfermeiro ações em conjunto com o ser cuidado, interação, relação empática, envolvimento, responsabilidade e não somente um procedimento técnico. A hospitalização pode ser encarada pela criança como separação da família, pois se sente abandonada pela mãe em um ambiente desconhecido e ameaçador. OBJETIVOS: Identificar como o enfermeiro realiza o cuidado solidário frente às alterações na evolução da doença que conduzem a cronicidade da criança hospitalizada. Estabelecer a inter-relação entre o apreendido e a conceituação de cuidado solidário apontado nas produções de enfermagem. Destacar estratégias facilitadoras de implementação do cuidado solidário pelo enfermeiro frente às alterações na evolução da doença que conduzem a cronicidade da criança hospitalizada. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa que possibilita levantar problemáticas com base em uma realidade vivenciada. Os sujeitos participantes do estudo são dez enfermeiros que atuam em unidades de internamento. A coleta de informações deu-se através de entrevistas semi-estruturadas. Antes de iniciar as entrevistas o projeto foi submetido à aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da instituição escolhida. O local do estudo foi uma Instituição Hospitalar de grande porte de Curitiba, referência na área pediátrica no Brasil. CONCLUSÕES: A partir da análise de conteúdo de Bardin obteve-se três Unidades de Contexto e oito Unidades de Significação. Os discursos indicam que o cuidado solidário é um processo, um acontecimento que pode ser considerado um novo paradigma para a realização do cuidado de enfermagem, proporcionando um crescimento mútuo, a construção de novos saberes, possibilita uma relação afetiva, reflexiva, humana. Explicitam que a convivência com a cronicidade impõe alterações na espacialidade e temporalidade da criança, afetam a estrutura familiar e os sentimentos da equipe. A cronicidade suscita questionamentos na família para explicar sua ocorrência. Apontam a religiosidade da família como aspecto facilitador para enfrentamento da cronicidade do filho. O cuidado solidário é percebido pelo vínculo, interesse, contato, diálogo, suporte, apoio, ser presença, ouvir, pela empatia, transmissão de confiança e
Correspondência para: Ivete Palmira Sanson Zagonel, e-mail: ivetesanzag@yahoo.com.br
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