Goiânia, 07 de novembro de 2005.

CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINA: CONHECIMENTO DOS ACS-PALMAS-TO

Marudney Brasil Cesar Rodrigues

Jessimira Soares Muniz Pitteri

A busca pela redução da morbi-mortalidade causada por doenças que são preveníveis através da imunização existe há muito tempo. Em 2004, completou um século que foi realizado a primeira campanha de vacinação em massa feita no Brasil. A capacitação, a atualização e o aperfeiçoamento das pessoas envolvidas nos processos de vacinação são itens que trazem resultados favoráveis ao programa de imunização, além do treinamento em vigilância epidemiológica que deve ser oferecido tanto pelo Ministério da Saúde quanto pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. Nos municípios onde atuam as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Programa de Agente comunitário de Saúde (PACS) é realizado um trabalho articulado. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) promove a mobilização da população realizando o encaminhamento para agendamento e execução da vacinação, assim como busca os faltosos que foram identificados pelo serviço de saúde. Através do convívio com os ACS foi possível observar que os mesmos apresentam dificuldade em identificar os cartões vacinais que estão incompletos e em ajudar no monitoramento da cobertura vacinal e nas visitas domiciliares, foram detectados diversos problemas no acompanhamento dos cartões de vacina e no agendamento de acordo com o calendário básico de vacinas. O presente estudo caracteriza-se como pesquisa qualitativa realizada em Palmas–TO. Teve como objetivo avaliar o conhecimento do ACS em relação ao calendário básico de vacinas. A população constituiu-se de 411 ACS com uma amostra de 21% dos ACS. Os dados foram coletados através de um instrumento estruturado com perguntas abertas e fechadas. Os resultados evidenciaram que o conhecimento do ACS referente ao calendário básico de vacinas é insatisfatório. Dentre os esquemas vacinais, os ACS dominam mais o calendário de vacinas da criança. Já as vacinas para adolescente, adulto/idoso e gestante, demonstraram desconhecimento quanto as doses e o aprazamento. Apesar de grande parte dos agentes alegarem que recebem capacitação tanto sobre calendário básico de vacinas quanto para preenchimento de cartão vacinal e julgarem ter conhecimento de bom a razoável, observou-se que os mesmos estão tendo muita dificuldade em captar as informações no que diz respeito à ação vacinal. Verificou-se ainda que a capacitação oferecida aos ACS precisa ser reformulada de forma que eles possam melhorar o conhecimento que têm em relação às vacinas.

Correspondência para: Jessimira Soares Muniz Pitteri, e-mail: jessimira@pop.com.br