Goiânia, 07 de novembro de 2005.

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS UTILIZADOS POR MULHERES DE COMUNIDADE CARENTE

Lilian de Araújo Dias

Rosa Aurea Quintella Fernandes

Estudo exploratório descritivo, realizado com mulheres gestantes de uma comunidade carente do município de São Paulo, que teve por objetivo identificar os métodos contraceptivos conhecidos e utilizados por elas. Foram entrevistadas 21 gestantes, no período de abril a junho de 2005. Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Guarulhos. Resultados: trata-se de uma população jovem, 76,2% estavam na faixa etária entre 13 e 24 anos, sendo que 47,6% eram adolescentes. A maioria 57% não completou o ensino fundamental, 42% eram solteiras ou viviam em união consensual e 67% eram primigestas. Os métodos contraceptivos mais conhecidos por elas são a pílula e a camisinha masculina (100%) seguido pelo DIU e o contraceptivo injetável (61,9%), os demais métodos mencionados foram a camisinha feminina (38%), a laqueadura tubária(33%), diafragma 23,8%, tabelinha e pílula de emergênica (4,7%), vasectomia e coito interrompido (2%). Os métodos mais utilizados por elas foram a camisinha masculina 85,7% e a pílula 71,4%. Quando engravidaram 61% delas estava utilizando algum método contraceptivo, destas 54% a camisinha masculina e 46% a pílula. O percentual de companheiros que participou da escolha do método foi de 47%. Em relação a esta gravidez 42% apenas a desejavam. Conclusões: A amostra caracterizou por ser jovem e conhecer um número muito limitado de métodos contraceptivos. O alto percentual de mulheres que engravidou utilizando algum método sugere que os casais não utilizam adequadamente estes métodos. Por outro lado é importante ressaltar o alto percentual de casais que fazem uso da camisinha masculina 85,7% o que é positivo em termos de prevenção de DSTs. Verificou-se ainda que a participação masculina na escolha do método é limitada. Há necessidade de se investir na educação em saúde,principalmente, dos jovens para que possam escolher os métodos contraceptivos mais adequados e baseados em conhecimentos corretos.

Correspondência para: Lilian de Araújo Dias, e-mail: rqfernandes@prof.ung.br