Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A ENFERMAGEM FRENTE AO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO

Maria José Caetano Ferreira

Juliana Rodrigues Veloso

Lilian Carla Ferrari Sossai

Lilian Galletti Marcon

Maria Aurélia da Silveira Assoni

INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é considerado fator fundamental para a promoção e proteção da saúde das crianças mundialmente. Preenche todas as necessidades nutricionais nos primeiros seis meses de vida, não sendo necessário oferecer outro alimento. No entanto, apesar das vantagens da amamentação, há uma desvalorização deste processo, devido a fatores sociais e a uma série de conceitos errôneos. Em nossa experiência como alunas de graduação de enfermagem, observamos a prevalência do desmame precoce entre as crianças atendidas numa Unidade Básica de Saúde, onde atuamos como estagiárias, surgindo assim o interesse em realizar esta pesquisa. OBJETIVO: Caracterizar a população estudada quanto idade, escolaridade, estado civil e número de filhos; conhecer o tempo de duração do aleitamento materno exclusivo, as causas do desmame precoce e investigar o recebimento de informações a respeito do aleitamento, durante a assistência prestada nos serviços de saúde no ciclo gravídico puerperal. METODOLOGIA: Estudo descritivo-exploratório, configurando-se em quanti-qualitativo. Foram entrevistadas 18 gestantes, com questionário estruturado, pertencentes a uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Marília-SP, em 2003. Cumprindo com o requisito ético da pesquisa, solicitamos a autorização ao comitê de ética da Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) e ao preenchimento do termo de consentimento pelas participantes; utilizou-se artigos e livros sobre aleitamento materno, levantados pela base de dados local do acervo da FAMEMA. RESULTADOS: A maioria da população estava na faixa etária de 18 a 35 anos, casadas e com baixo nível escolar. O número total de filhos era 39, média de 2,1 filhos por gestante, desses, somente 6 (15,3%) receberam aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida. As causas do desmame precoce foram classificadas em três categorias, conforme se relacionam ao bebê, ao leite (ou mama) ou a mãe, sendo que a última predominou. A maioria disse ter recebido informações a respeito do aleitamento materno na maternidade, por auxiliares de enfermagem. Os resultados, em parte, convergem com os encontrados na literatura pesquisada. CONCLUSÕES: A pesquisa aponta para o fato de que as ações de pré-natal, desenvolvidas no cenário de estudo, não contemplam a promoção do aleitamento materno. Sugere-se a implementação de ações educativas durante o pré-natal que contemplem não somente a amamentação, como também temáticas relacionadas á saúde materno-infantil.

Correspondência para: Maria José Caetano Ferreira, e-mail: marin@famema.br