Goiânia, 07 de novembro de 2005.

IDENTIFICANDO FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA

Maria Aurelia da Silveira Assoni

Juliana Rodrigues Veloso

Lilian Carla Ferrari Sossai

Lilian Galletti Marcon

Maria José Caetano Ferreira

O curso de enfermagem da Faculdade de Medicina de Marília têm inserido no seu processo de ensino-aprendizagem a busca do conhecimento a partir da realidade experienciada, tendo como cenário de ensino as Unidades Básicas de Saúde (UBS's) do município de Marília/SP. Através do Sistema de Informação Ambulatorial Local (SIAL) foi obtido a morbidade da unidade sendo que as três causas mais incidentes foram: fatores outros de atendimento, transtornos mentais e doenças do aparelho respiratório, sendo que 47,06% desses casos correspondem a atendimentos de crianças com idade inferior a cinco anos. Com isso, tornou-se importante a investigação da prevalência dos fatores de risco para infecção respiratória aguda (IRA), uma vez que são responsáveis pelo alto índice de mortalidade em crianças menores de cinco anos. Os critérios para definição de IRA, obedecem o padrão anatômico das vias aéreas, tendo como limite a epiglote, assim todas as síndromes clínicas com localização acima da epiglote constituem o grupo denominado de infecção de vias aéreas superiores e as abaixo, o grupo de infecção de vias aéreas inferiores. Os fatores de risco para IRA são: demográficos, sócio-econômicos, ambientais, nutricionais e comportamentais. No Brasil, anualmente morrem cerca de 15 milhões de crianças menores de cinco anos e um terço dessas mortes são devido as IRA's. As famílias selecionadas para o estudo são cadastradas na UBS São Judas Tadeu e residentes na microárea de atuação das estudantes. A definição da amostra partiu da identificação das crianças menores de cinco anos que apresentavam em seu prontuário o registro de pelo menos um episódio de doença respiratória atendida na UBS. Para a coleta de dados elaborou-se um questionário semi-estruturado com questões abertas e fechadas, com registro das respostas em formulário próprio durante visitas domiciliárias realizadas. Concordando com o encontrado na literatura, observou-se uma relação entre a ocorrência das doenças respiratórias e peso ao nascer, tempo de amamentação, renda familiar, grau de escolaridade da mãe e presença de fumantes no domicílio. Em contrapartida, houve prevalência no sexo feminino diferentemente da literatura que traz o sexo masculino como mais predisponente. Este estudo contribuiu para o aprimoramento do aprendizado das autoras, proporcionando assim um olhar diferenciado para esta patologia e uma melhoria da assistência de enfermagem prestada a essa população.

Correspondência para: Maria Aurelia da Silveira Assoni, e-mail: aurelia@famema.br