Goiânia, 07 de novembro de 2005.

PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO POR HPV NO AMBULATÓRIO DE GINECOLOGIA DO HRT

Samira Monteiro Silva

Sara Mendes de Moura

Ana Paula Costa

Silvia Helena Gomes Pires

Maria do Socorro Evangelista

INTRODUÇÃO: As doenças sexualmente transmissíveis conhecidas são inúmeras e dentre elas podemos citar a sífilis, a gonorréia, a síndrome da imunodeficiência adquirida e o papilomavírus humano. Atualmente no Brasil tem cerca de nove milhões de infectados pelo papilomavírus humano. O HPV é um vírus com DNA circulante de fita dupla, infectam a pele e as membranas mucosas e podem induzir a formação de tumores epiteliais benignos e/ou malignos. Os tumores benignos são os chamados papilomas, verrugas e condilomas e os tumores malignos estão associados a cânceres, principalmente a do tipo carcinoma cervical, sendo este considerado o segundo tumor maligno mais frequênte em mulheres. OBJETIVO: Conhecer a incidência por HPV no ambulatório do Hospital Regional de Taguatinga. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quanti-qualitativa, desenvolvido no HRT na unidade de ginecologia, hospital público localizado em uma das regiões administrativas do Distrito Federal. A amostra aleatória constitui-se de quarenta pacientes com diagnóstico positivo de HPV. Os dados do estudo foram coletados através da aplicação de um questionário. RESULTADOS: Do total de quarenta pacientes assistidas, o grupo etário com maior frequência de infecção por HPV foi de 50 anos e mais. No que se refere ao estado civil, identificou-se entre as casadas o grupo de maior risco e com renda entre um e dois salários-minímos. Em relação a escolaridade, ficou constatado que a maioria das entrevistadas só haviam cursado o ensino fundamental incompleto. A maioria das pacientes não fazem uso de nenhum tipo de método contraceptivo. CONCLUSÃO: Diante dos resultados dessa investigação nota-se que os diagnósticos positivos poderiam ter sido evitados se essas pacientes tivessem um acompanhamento médico preventivo e uma orientação com programas que envolvam aspectos de educação sexual e com a melhoria do nível sócioeconômico da população, ressaltando-se a importância da enfermagem no programa da saúde da mulher.

Correspondência para: Samira Monteiro Silva, e-mail: mica_enfermagem@pop.com.br