Goiânia, 07 de novembro de 2005.

PORTE E ACONDICIONAMENTO DO PRESERVATIVO MASCULINO ENTRE JOVENS

Ana Karina Bezerra Pinheiro

Saiwori de Jesus da Silva Bezerra

Mirela Teixeira Joca

Ana Luiza Santos de Carvalho

Samuel Rios Teixeira

Nilza Maria de Abreu Leitão

Rianna Nárgilla Silva Nobre

O homem tem se preocupado há séculos com a utilização de métodos para se evitar infecções de transmissão sexual (ITS), e hoje, o preservativo constitui um dos meios mais seguros de evitá-las. O objetivo do preservativo é evitar o contato de fluídos na relação sexual. Sabe-se que adolescentes e adultos jovens constituem grupo de risco crescente para as ITS. Isso decorre de vários fatores, como: início sexual precoce, múltiplos parceiros sexuais, relações sexuais desprotegidas, uso de álcool e drogas ilícitas. Além de outros riscos como desemprego, baixa escolaridade, violência e falta de acesso amplo aos serviços de saúde. Esses e outros fatores como conhecimento deficiente sobre o uso do preservativo, gênero, falta de recursos para sua obtenção, influência dos pares, uso de contraceptivo hormonal podem influenciar no seu uso. Dessa forma, realizou-se um estudo com a finalidade de verificar a freqüência com que os jovens freqüentadores de casas noturnas em Fortaleza portam o preservativo masculino e como acondicionam. A pesquisa é transversal do tipo exploratório-descritivo de abordagem quantitativa. A população constituiu-se de jovens, ambos os sexos, maiores de 18 anos, freqüentadores de quatro casas noturnas do município de Fortaleza e a amostra calculada foi de 159 pessoas. A coleta dos dados ocorreu em junho de 2005 nos dias mais movimentados dos estabelecimentos. O perfil geral da amostra caracterizou-se, em sua maioria, de jovens entre 18 e 24 anos (68%), solteiros (85,5%), cursando o ensino superior (50,3%) sendo 54,1% do sexo masculino. Do total da amostra, 63,5% não portavam preservativos e dos que portavam, os locais de acondicionamento mais citados foram: carteira (15,1%), carro (11,3%) e bolso (4,4%). Ao cruzarmos variáveis, observou-se que o grau de instrução elevado não tem relação direta com o porte do preservativo como mostram estudos, já o estado civil revela que os solteiros costumam portá-lo com maior freqüência do que os casados, sendo o sexo feminino ainda considerado aquele que menos o tem consigo. Conclui-se que apesar dos esforços realizados para que pessoas sexualmente ativas possam conhecer o correto uso e armazenamento de preservativos para ampla utilização tanto como método contraceptivo e principalmente para proteção de ITS, a população pesquisada, em sua maioria, não o porta ao sair para se divertir em casas noturnas.

Correspondência para: Ana Karina Bezerra Pinheiro, e-mail: anakarinaufc@hotmail.com