Goiânia, 07 de novembro de 2005.

SENTIMENTOS DAS PUÉRPERAS COM BEBÊS HOSPITALIZADOS EM UTI NEONATAL

Ana Karina Bezerra Pinheiro

Ana Cândida Serafim dos Reis

Ana Luiza Santos de Carvalho

Flávia Regina Dias

Maria Adelane Alves Monteiro

O presente estudo teve como objetivo compreender os sentimentos das puérperas que estão com bebês hospitalizados na UTI Neonatal. Estudo de natureza exploratório-descritiva com abordagem qualitativa. Os sujeitos foram as mães cujos bebês estavam hospitalizados nas UTI's Neonatal e de Cuidados Intermediários da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand em Fortaleza, Ceará. Incluíram-se na investigação as mães que aceitaram livremente fazer parte da pesquisa. A coleta das informações foi realizada por meio de entrevista estruturada para obter dados de identificação e com um roteiro composto por duas perguntas abertas, com seis mães cujos bebês estavam hospitalizados no período de fevereiro a março de 2005. A análise e interpretação das falas foram realizadas, categorizando de acordo com as unidades de significado. A idade das participantes variou entre 16 e 41 anos, sendo três adolescentes e uma com mais de 40 anos; realizaram entre 3 e 7 consultas de pré-natal; o número de filhos das participantes variou entre 1 e 4, mas apenas uma delas teve experiência prévia de filho internado. Foram identificadas as seguintes categorias: Sentimentos que emergem da descoberta de que o filho recém-nascido necessitará de hospitalização e Sentimentos vivenciados durante o processo de hospitalização do filho recém-nascido. Foram encontrados os seguintes sentimentos: sofrimento, medo e esperança. Percebemos sentimentos contraditórios relatados pelas mães entrevistadas. Desta forma, consideramos que a mãe que está experienciando a hospitalização de um filho recém-nascido vivencia sentimentos ambivalentes, refletindo o conflito existente na vida dessa mulher. Concluímos que a mãe que está experienciando a hospitalização de um filho recém-nascido necessita de cuidados efetivos da Enfermagem, como forma de obter um melhor enfrentamento para essa crise, evitando que tal situação traga danos à saúde física e emocional da mulher tendo em vista que esta se encontra na fase do puerpério, que por si só já insinua um contexto problemático, estes sentimentos podem se agravar. Desta forma, percebemos que se faz necessária uma assistência efetiva direcionada a essa clientela como forma de obter um melhor enfrentamento para essa crise, evitando que tal situação traga danos à saúde física e emocional da mãe.

Correspondência para: Ana Karina Bezerra Pinheiro, e-mail: anakarinaufc@hotmail.com