Goiânia, 07 de novembro de 2005.

APLICAÇÃO DE RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO NO PROCESSO DE ENFERMAGEM

Fernanda Machado da Silva

Maria Lúcia Araújo Sadala

INTRODUÇÃO: O Relacionamento Terapêutico objetiva ajudar o paciente a superar as dificuldades com a doença. Cursando a disciplina Relacionamento Enfermeira Paciente,procurei aplicar o processo de Relacionamento ao cuidar de uma paciente durante os estágios supervisionados. OBJETIVO: Descrever o relacionamento com a paciente durante o processo de enfermagem. MÉTODO:Os dados foram obtidos através do registro das interações, do prontuário e informações de outros profissionais. RESULTADOS: Na fase de pré-interação,planejei como me aproximar da paciente e defini as prioridades na assistência. Ela tivera o 2º pododáctilo D amputado. Na primeira interação,procurei conhecê-la e investigar o que sabia sobre a doença. Ela contou que a amputação era decorrente de complicações de Erisipela e do Diabetes Mellitus mal cuidado. Aproveitei para orientá-la sobre a prevenção de lesões nos pés. Estabeleci um plano de cuidado para os dias em que cuidaria dela. Utilizando técnicas e medidas terapêuticas,estimulei-a a expressar-se e ofereci apoio. Estabeleci limites ao definir os objetivos da minha função e de sua participação no cuidado. No dia seguinte(fase de desenvolvimento),encontrei-a calada. Ao questioná-la,ela disse não ter dormido,com saudades do filho. Estimulei-a a falar sobre ele,o que a deixou feliz. Enquanto realizava o curativo,ela olhava e lamentava-se por ter arrancado uma pele,que dera origem à erisipela. Nos dias seguintes,a paciente parecia me aguardar,valorizando o meu cuidado. Nesta fase,utilizei técnicas para estimular a sua expressão,busquei ajudá-la a desenvolver o autocuidado. Trabalhamos,ambas,a interdependência no cuidado,o que aumentou sua confiança e satisfação. No último dia cuidando dela,experimentei certa ansiedade,quanto à reação da paciente pelo término do relacionamento,embora a tivesse preparado para a finalização. Despedi-me,ela disse que tinha sido muito bom me conhecer,fez-me vários elogios. Emocionei-me. Ela também se emocionou:pegou minha mão com força. Insisti para que cuidasse de sua saúde. CONCLUSÃO:O objetivo de ajudá-la a superar as dificuldades do tratamento e a minimizar sua ansiedade diante da amputação foi atingido em parte,pois seus sentimentos em relação à amputação não eram facilmente exteriorizados. Outro fator que dificultou o relacionamento,despertando ciúmes na paciente,foi ter prestado cuidados a dois pacientes simultaneamente. Porém,a valorização do relacionamento pela paciente ao final,significou uma avaliação positiva do trabalho desenvolvido.

Correspondência para: Fernanda Machado da Silva, e-mail: tita_enf@yahoo.com.br