Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A PERCEPÇÃO DA PARALINGUAGEM DO PACIENTE APÓS TIREOIDECTOMIA SUBTOTAL,

Aline da Costa Marins

Sílvia Teresa Carvalho de Araújo (Orientadora)

O estudo trata das percepções frente às manifestações não-verbais cinésicas e da paralinguagem do cliente durante o cuidado de enfermagem no pós-operatório imediato de tireoidectomia subtotal. Avalia na interação sinais corporais que aparecem por intermédio do corpo e que remetem ao cuidado necessário a pessoa no retorno de uma anestesia geral. Como objetivos buscamos descrever as cinesias faciais e a paralinguagem do cliente na recuperação anestésica e analisar como o enfermeiro percebe e atende as necessidades do paciente implícitas nessas manifestações. A pesquisa é do tipo exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. Os sujeitos, acima de 18 anos são escolhidos através do mapa cirúrgico no pré-operatório de um Hospital Universitário de grande porte no Rio de Janeiro, e sua participação atende o previsto na resolução 196-96. Acompanhando a chegada dos clientes na recuperação anestésica, os dados são levantados a partir de um roteiro de observação sistematizado readaptado da técnica de vivência os sentidos sócio-comunicantes do corpo Araújo (2000). Como a cinesia aparece indefinida dentro do contexto deste cuidado, se faz necessário ampliar as observações para melhor validar as manifestações emergentes, validando-os com os dados verbais ou objetivos do paciente. A cinesia facial predominante manifestada por dez clientes observados, demonstram olhares regalados, assustados, independente do sexo e da idade. O gemido aparece principalmente nos clientes do sexo feminino e de menor idade. A dificuldade de identificar dificuldades da verbalização pela ausência da plena consciência acredito, nessa fase inicial de pesquisa, que seja por seqüelas físicas ou psicológicas de cirurgias e experiências anteriores. Vale destacar que os sinais do corpo evidenciam as alterações de protusão exagerada do globo ocular, principalmente nos sujeitos cuja a paralinguagem se fizeram presentes com gemidos antes do retorno pleno da consciência. Exercitar habilidades de observação para refinar a capacidade de identificar as manifestações não-verbais dos pacientes, seja pelo estado emocional intensificador de efeitos já pré-existentes como distúrbios endócrinos da paratireóide, dor, outros incômodos perturbadores, seja por gestos, posturas, expressões fisionômicas, sons que podem ser resultantes de outras sensações desagradáveis utilizadas pelos pacientes para se comunicarem. Enfim, favorecer a percepção precoce das mesmas e analisá-las na assistência de enfermagem. Patrocinador: Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ)

Correspondência para: Aline da Costa Marins, e-mail: adacostamarins@yahoo.com.br