Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A HUMANIZAÇÃO NO PROCESSO DE CUIDAR DE PESSOAS IDOSAS

Camila de Carvalho Silva

Giovana Ribau Picolo Peres

Rita de Cássia Helú M. Ribeiro

Na Graduação em Enfermagem, as autoras perceberam a necessidade de uma assistência humanizada (AH) prestada aos clientes principalmente na velhice, etapa da vida na qual ocorrem mudanças biopsicossociais, que facilitam o surgimento de doenças. Ao adoecer, o idoso perde sua identidade, fica carente, sente-se improdutivo, fraco. É nessa fase que o ser humano necessita de maior atenção no que diz respeito a qualidade do cuidado à saúde. Por esse motivo, houve o interesse de verificar se existe conhecimento por parte das Enfermeiras da Clínica Geriátrica do segundo andar do Hospital de Base de S. J. Rio Preto (H. B.) em relação ao conceito de AH e analisar se essa é implementada na Unidade para obter fundamentos em indicar meios para a melhoria da assistência à pessoa idosa. Para isso, foi utilizada a metodologia qualitativa de análise de dados sugerida por MEIHY (1996). Participaram 6 enfermeiras do local que responderam espontaneamente entrevistas às autoras do trabalho com perguntas relacionadas ao conceito, realização e implementação da AH. Os resultados foram distribuídos nas categorias: 1- Conhecimento: AH é ver o paciente como um todo; Assistir não só o paciente, mas sua família; Atendimento individual, respeitando suas limitações. 2- Realização: 2. 1 Dificultadores: Grande demanda do andar (problemática dos pacientes); Tempo insuficiente; Número insuficiente de funcionários de enfermagem; Falta de conhecimento e interesse dos colaboradores de enfermagem. 2. 2 Facilitadores: Melhoria do quadro de funcionários; O enfermeiro deve servir de exemplos; Implementação da SAE; Contratação de funcionários de enfermagem; Acompanhamento psicológico para pacientes, acompanhantes e funcionários. 3- Condições do Andar: A assistência deixa a desejar no que diz respeito à humanização ao paciente geriátrico. De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que existe conhecimento teórico sobre AH por parte de todas, contudo essa não é praticada. Foram levantados, então, aspectos dificultadores e facilitadores visando a melhoria do cuidado com a pessoa idosa. Quanto à questão sobre as condições de realizar a AH, 100% das respostas indicaram que há muito a ser melhorado nesse atendimento. Problemas foram levantados, sugestões elaboradas e, agora, cabe aos profissionais da saúde lutarem para que seja implantado em seu ambiente de trabalho a linha de conduta mais adequada para proporcionar o devido conforto que esses clientes merecem.

Correspondência para: Camila de Carvalho Silva, e-mail: camila_csi@yahoo.com.br