Goiânia, 07 de novembro de 2005.

SOU CONCLUINTE, E AGORA?

Ana Cláudia Cardozo Chaves

Andréa Quintiliano Bezerra da Silva

Lídia Maria Costa Araújo

Luzia Clara Cunha de Menezes

Rodrigo Assis Neves Dantas

Tázia Araújo da Silva

Jucimar França Vilar Lima

Rejane Marie Barbosa Davim

INTRODUÇÃO: É notável que durante o curso, o estudante de Enfermagem passa por diversas transformações construindo sua base de conhecimentos de acordo com o Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada instituição de ensino. O Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), acompanhando as mudanças ocorridas nas políticas de saúde e educação, implantou uma nova proposta pedagógica para a formação do enfermeiro em 1997, fundamentando-se na concepção de "como profissional com competência técnica, científica, pedagógica e ética para intervir/assistir, administrar, ensinar e pesquisar, atuando em níveis de complexidade distintos na comunidade, no domicílio, no ambulatório e no hospital, como coordenador do processo de trabalho de enfermagem tanto na saúde individual como coletiva". OBJETIVOS: Investigar se concluintes do Curso de Graduação em Enfermagem sentem-se preparados para exercer a profissão. METODOLOGIA: O público alvo foi acadêmicos do 8º período do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRN, matriculados no semestre 2005. 1 num total de 18, cujos critérios de inclusão foram a acessibilidade e participação voluntária. RESULTADOS: De acordo com o campo de atuação do enfermeiro, os estudantes apresentaram certa dificuldade em diferenciar áreas de atuação com locais de trabalho, o que pode ter sido ocasionado pela abrangência da pergunta do questionário, ou também pelo próprio processo de formação. Para 64,7%, a educação foi o campo mais citado, seguido do hospitalar (58,8%) e da rede de saúde pública (35,3%). Muitos declararam não estar preparados para exercer a profissão (60%), apontando falhas no currículo (práticas insuficientes) e a escassez de atividades extra-curriculares, como fatores determinantes desse quadro. Os que se consideram preparados (40%), atribuíram o fato ao aproveitamento das atividades extra-curriculares e ao próprio esforço. CONCLUSÕES: A análise dos resultados aponta que não basta uma estrutura curricular completa, ou a existência dessas atividades e campos de prática excelentes. O estudante deve buscar se inteirar desses recursos, de forma a aproveitá-los ao máximo para sua carreira. Torna-se também necessário que o curso repense o processo de formação do enfermeiro para que este caminhe rumo aos níveis de qualidade para o ensino e para a prática profissional estabelecidada pela própria categoria, sendo também indispensável a reconstrução e a atualização do Projeto Político Pedagógico.

Correspondência para: Ana Cláudia Cardozo Chaves, e-mail: anaccardozo@hotmail.com