Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ENFRENTAMENTO DA DOR

Adilson Mazur

Cristina Paula Correa

Fátima Maria Ezequiel

Lenilce de Oliveira Theiss

Rosane Helena de Andrade

Soraia Bárbara Distler

Thiago Costa Lima Cardoso

Ivete Palmira Sanson Zagonel

INTRODUÇÃO: Trata-se de pesquisa que tem como objeto de estudo a dor sob a ótica do enfermeiro. Percebendo, a magnitude e complexidade do problema que envolve pacientes com dor surgiu o interesse em ouvir enfermeiras que atuam diretamente no cuidado de crianças. A alta incidência de dor na população mundial tem como conseqüência a incapacitação total ou parcial dos indivíduos acometidos por ela, comprometendo de modo significativo a qualidade de vida. Um dos problemas com maior impacto no controle da dor é a falta de habilidade em qualificar de forma adequada à intensidade da dor, causando sofrimento desnecessário ou administração exagerada de medicamentos. OBJETIVOS: detectar através da revisão de literatura a dor como fenômeno humano vivenciado por crianças hospitalizadas e identificar aspectos facilitadores e impeditivos no cotidiano do enfrentamento da dor pelo enfermeiro. A METODOLOGIA é exploratório-descritiva com abordagem qualitativa. Os sujeitos são dez enfermeiros. O estudo foi realizado em hospital pediátrico de grande porte de Curitiba. A coleta através de entrevista semi-estruturada. Para a coleta dos dados o projeto foi submetido à aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. A análise é qualitativa através da categorização. CONCLUSÕES: Os discursos apontam que o enfermeiro percebe a dor da criança pela postura, comportamento, comunicação, expressão facial, conhecimento para poder julgar o tipo de dor, levando em consideração as diferenças de enfrentamento de cada criança. Atribuem como medidas de alívio a atenção, carinho, conforto, posição adequada, controle de eliminações, orientações à mãe, afeto e a medicação. A dor emocional está relacionada a vários aspectos como número de internamentos, aceitação do tratamento, medo, trauma, presença do familiar e a biológica à irritação, nervosismo, sintomas físicos, choro, apatia. O cuidado desempenhado pelo enfermeiro é considerado essencial através de ações que inter-relacionam o alívio de forma padronizada ao conhecimento, estudos, leituras, treinamento e trabalho em equipe. Explicitam a necessidade de contar com equipe especializada nessa área para propiciar o alívio imediato e conseqüentemente a melhoria no estado geral da criança. A avaliação da dor é difícil, depende da relação entre idade, desenvolvimento neurológico, ambiente psicossocial e da natureza da ação.

Correspondência para: Adilson Mazur, e-mail: gitaborda@pop.com.br