Goiânia, 07 de novembro de 2005.

CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES ATENDIDOS NO GRUPO DE CURATIVO DA FAMERP

Aline Costa Gonçalves

Cléa Dometilde Soares Rodrigues

Os pacientes portadores de feridas ulcerativas, cirúrgicas ou traumáticas apresentam, um aumento no tempo de internação e conseqüentemente o desenvolvimento de infecções hospitalares onerando assim, os custos hospitalares além de promover incapacidade física gerando problemas psicossociais. A conduta terapêutica de uma lesão cutânea não deve ser restrita em fazer ou trocar simplesmente um curativo, é imprescindível que se faça uma avaliação holística e integrativa do paciente. A fisiologia da cicatrização é sistêmica e esta ligada as condições gerais do organismo, sendo importante que se incorporem uma abordagem multi e interdisciplinar, tornando fundamental o inter-relacionamento profissional. O objetivo deste estudo é caracterizar os pacientes atendidos no ambulatório de curativo pelo grupo de curativo da FAMERP no ano de 2004. Metodologia: O grupo de curativo da FAMERP desempenha a atividade extra curricular, com início em Dezembro de 1994 cujas atribuições é com ensino, assistência e pesquisa as reuniões científicas são realizadas as segundas feiras, a assistência realizada na quarta feira no ambulatório do HB onde é realizado atendimento de pacientes portadores de feridas de diferentes etiologias, este grupo é composto por duas docentes de enfermagem e alunos do curso de graduação em enfermagem da FAMERP. Os pacientes são atendidos individualmente e realizado consulta de enfermagem para tanto é utilizado uma ficha de atendimento as informações são transcritas ao prontuário do paciente e as feridas são avaliadas quanto às alterações existentes e utilizada a terapia tópica adequada ao processo cicatricial. Os pacientes são encaminhados por médicas e por enfermeiras das Unidades Básicas de Saúde e por médicos e enfermeiros do Hospital de Base, as feridas são fotografadas semanalmente. Resultados: sendo assim no ano de 2004 foram atendidos do dia 28/01/04 a 15/12/04 300 pacientes cujo 70% são do sexo feminino, a idade média é de 50 anos, destes 50% são portadores de úlceras vasculogênicas; 30% são pacientes com úlcera por pressão, 15% são portadores de deiscências por sutura, 5% feridas traumáticas. Conclui-se que a maioria dos pacientes não tem informação quanto aos cuidados com as feridas foram realizadas orientações que culminaram em adesão ao tratamento e a melhor resolutividade do processo cicatricial.

Correspondência para: Aline Costa Gonçalves, e-mail: aline_xii@yahoo.com.br