Goiânia, 07 de novembro de 2005.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM TETRAPLEGIA OU PARAPLEGIA

Adilce M. Gindri Reghelin

Andrio de Souza Kaufmann

Letícia Brites Coradini

A lesão Raquimedular (LRM) é um importante problema de saúde em que 82% dessas lesões ocorrem, em homens jovens, resultando em limitações significativas de vida. Este estudo aborda essencialmente os cuidados de enfermagem com o paciente tetraplégico ou paraplégico. O aprimoramento teórico sobre o tema e uma melhor orientação de cuidado ao paciente com lesão raquimedular são os objetivos desse estudo. Metodologicamente, foi realizada uma extensa e atualizada pesquisa bibliográfica, buscando um aprofundamento teórico sobre o tema específico. Segundo SMELTZER e BARE (2002, p. 1614), “A lesão da medula espinhal (ME) varia da concusão transitória à contusão, laceração e compressão da substância medular até a transecção completa da medula. ”De acordo com HERBERT e XAVIER (2003), tetraplegia refere-se à perda da função motora e/ou sensitiva nos segmentos cervicais da ME que resulta em alteração das funções dos membros superiores, tronco, membros inferiores e órgãos pélvicos. A paraplegia refere-se à perda da função motora e/ou sensitiva nos segmentos torácicos, lombares e sacrais da ME. De acordo com ESTRAN et al. (2003, p. 92), “No cuidado ao paciente com lesão medular, seja definitiva ou provisória, a equipe multidisciplinar enfrenta situações conflitantes do ponto de vista emocional, bem como várias situações de alto risco de vida. A equipe deve estar preparada tecnicamente para evitar maiores danos medulares e assistir ao paciente e à família em momentos de grandes transtornos emocionais. ” O processo inicial de enfermagem é o enfoque histórico do paciente. A inspeção completa de todas as áreas da pele deve ser preservada com uso de colchão piramidal, alinhamento cérvico-torácico, alternar decúbito. Higiene do meato urinário, avaliação de cor, odor e presença de sedimentos para que a sondagem de demora não traga lesões e complicações posteriores como infecção urinária e distensão vesical. Monitorar freqüência, ritmo, profundidade, expansão respiratória, mobilizar aspiração de secreções, manter oximetria de pulso e suprir o aporte de oxigênio. Monitorar freqüência e ritmo cardíaco, PAS, controle de volemia e diurese, avaliação da perfusão periférica, controle dos sinais de embolia pulmonar. É importante um acompanhamento psicológico a família e ao traumatizado. Com este estudo sobre os cuidados com o paciente tetraplégico ou paraplégico, constatou-se que ele requer uma terapêutica essencial, de atenção e cuidados técnicos com o paciente e sua família.

Correspondência para: Adilce M. Gindri Reghelin, e-mail: agrdidi@bol.com.br