O TOQUE AFETIVO NA VISÃO DO ENFERMEIRO
Andrea Basilio Dias
Leonor Oliveira
Maria da Glória Santana
Durante a vivência hospitalar observam-se várias atividades exercidas pelos enfermeiros no sentido de proporcionar o cuidado e o conforto necessário para o restabelecimento do paciente; assim, é possível diferenciar as duas maneiras de tocar nossos pacientes como: toque instrumental (cuidado objetivo) – aquele que requer contato físico deliberado para que o enfermeiro execute algum procedimento; e o toque afetivo (cuidado subjetivo) – é espontâneo e demonstram apoio, conforto e proximidade com o paciente (SIQUEIRA e CRUZ, 2001). A partir dessa premissa, questiona-se o entendimento por parte do enfermeiro sobre o toque como ferramenta de promoção do cuidado, entendo-se tocar como sendo ”[. . . ] apalpar, ter contato com, comover, sensibilizar, ir de encontro, aplicar o sentido do tato, aproximar-se [. . . ]” (FERREIRA, 2004, p778). Para tanto se utilizou como metodologia a pesquisa analítico-descritiva com abordagem qualitativa, tendo como local de estudo três hospitais de médio porte de uma cidade da região sul do Rio Grande do Sul, tomando como sujeito de estudo sete enfermeiras assistencialistas, preservando-se suas identidades e respeitando os preceitos éticos da profissão de acordo com o artigo 196, sendo que a coleta de dados foi feita através de entrevista individual semi-estruturada. Como resultado, pode-se observar que as enfermeiras entrevistadas utilizam o toque afetivo de maneira restrita, ou seja, utilizam essa ferramenta de comunicação afetiva não-verbal principalmente durante os procedimentos invasivos a fim de amenizá-los, apesar de considerá-lo um bom instrumento para estabelecer a empatia ou Rapport.
Correspondência para: Andrea Basilio Dias, e-mail: dedecadias@ig.com.br
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