Goiânia, 07 de novembro de 2005.

PROCESSO DE ENFERMAGEM EM INFECÇÃO POR KLEBSIELLA PNEUMONIAE

Andrea Basilio Dias

Juliana Zillmer

Mariama Michels

Renata Freitas

Renata Fagundes

Pablo Stolz

A infecção hospitalar é, sem dúvida, uma das maiores preocupações da equipe multidisciplinar, pois acomete cerca de 5 a 15 % dos pacientes hospitalizados (TORTORA, 2003). A klebsiella é um bastonete gram negativo entérico que pode desenvolver resistência através de plasmídeos às drogas de primeira linha sendo comumente vista em ambiente hospitalar e em infecções comunitárias; tem vida livre sendo pouco exigente do ponto de vista nutricional, podendo contaminar e proliferar em ambientes úmidos e pouco nutritivos como nebulizadores e circuitos de respiradores, podendo ser veiculado pelas mãos do profissional de saúde (NETO, 2002). O objetivo deste trabalho foi avaliar e aplicar o processo de enfermagem a uma paciente pós-cirurgica, idosa, com diversas complicações pregressas e com diagnóstico de infecção por Klebsiella em traqueostomia, tendo como metodologia o estudo de caso, onde é possível analisar e compreender as diversas faces que envolvem o paciente durante a internação, tais como o seu histórico, o cuidado dispensado a esse indivíduo (POLIT e HUNGLER, 1995) e também o ambiente no qual ele está inserido, observando essas interações (GEORGE et al, p. 203, 2000). Por se tratar de estudo que envolve seres humanos, as autoras atenderam aos pressupostos da Portaria 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Pôde-se observar que o paciente idoso, devido à complexidade de seus sistemas orgânicos e comprometimento fisiológico, tende permanecer hospitalizados por um maior intervalo de tempo, tornando-se mais susceptível a infecções hospitalares tais como a causada por Klebsiella. Uma vez que o idoso esteja imunodeprimido, exposição a materiais inadequados e técnicas não assépticas, promoverá um meio propício para disseminação de tais infecções. Portanto as medidas profiláticas adotadas pela equipe multidisciplinar, tais como a constante lavagem das mãos, observância do tempo de permanência preconizado de cateteres e sondas e uso de antibioticoterapia adequados devem ser rigorosas e monitoradas a fim de evitar a instalação dessa patologia de difícil resolução, principalmente em pacientes com esse perfil.

Correspondência para: Andrea Basilio Dias, e-mail: dedecadias@ig.com.br