Goiânia, 07 de novembro de 2005.

ENFERMAGEM: CONSTRUINDO UMA ASSISTÊNCIA À FAMILIA DO PACIENTE TERMINAL

Patricia Moreira Melo

Angelina Cupolillo Gentile

Isabela Saiter Santos

Juliana Muniz Xavier

Pamela da Silva Neves

Roberta Faitanin Passamani

Rafael Gravina Fortini

Tainara Seródio Amin Rangel

Dentre as inúmeras situações vivenciadas no ambiente hospitalar, o lidar com a família que possui um ente querido em fase terminal talvez seja a mais difícil de ser enfrentada pela equipe de enfermagem. Nem sempre as pessoas que integram a equipe estão preparadas para lidar com esse tipo de público, tendo ações inesperadas que podem provocar reações de desespero e raiva na família. Para que não haja nenhum tipo de iatrogenia nessa relação, é preciso que os profissionais tenham o devido preparo e cuidado, por mais que já se tenham deparado com familiares de pacientes terminais. É necessário saber que cada pessoa pode reagir de forma diferente diante desse momento único de sua experiência. Os principais objetivos desse estudo são ajudar os profissionais da área da saúde a lidar com os familiares na questão da morte e compreender melhor suas reações e, com base nestes dados, criar uma assistência de enfermagem direcionada a eles. Trata-se de um estudo qualitativo desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas, que segundo LEOPARDI (2001, p. 136), é utilizado quando não se podem usar instrumentos de medida precisos, desejam-se dados subjetivos, ou se faz estudos de um caso particular, de avaliação de programas ou propostas de programas, ou ainda quando não se tem informação sobre o assunto. Através do estudo desenvolvido destacamos alguns pontos que consideramos fundamentais na assistência de enfermagem à família do paciente terminal: avaliar o funcionamento familiar, promover habilidades de enfrentamento do estresse e manter uma comunicação efetiva com os familiares, explicar todos os procedimentos realizados. A percepção acerca da morte foi mudando ao longo dos anos, deixando de ser um acontecimento natural e sendo transferida para o ambiente hospitalar. Nessa transferência de costumes e responsabilidades, a enfermagem se depara com situações que põem a prova todo seu preparo para lidar com o público, especialmente com a família, que em poucos minutos pode ver seu ente querido vir a óbito. A relação entre a enfermagem e a família do paciente terminal é muito difícil e complexa, mas, dentro da equipe de saúde, a enfermagem é o elo consistente no sentido de promover a compreensão do processo de morrer, bem como tornar o evento mais controlável pela família. A participação ativa do paciente e da família na promoção do bem-estar sustenta o modelo de autocuidado historicamente abraçado pela enfermagem – o modelo holístico.


Correspondência para: Patricia Moreira Melo, e-mail:

patriciamoreiramelo@yahoo.com.br