1964 a 1953


Vasco Tristão Leitão da Cunha

Vasco Tristão Leitão da Cunha

06/04/64 a 14/04/64

Nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 02 de setembro de 1903. Cursou Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, pela qual se bacharelou em 1925. Dois anos depois, ingressou na carreira diplomática por meio de concurso público. Em novembro de 1961, as relações diplomáticas do Brasil com a União Soviética, rompidas desde 1947, foram restabelecidas. Leitão da Cunha foi nomeado o primeiro embaixador brasileiro em Moscou após a reaproximação, sendo enviado àquele país em abril de 1962. Convocado pelo governo, Leitão da Cunha voltou ao Brasil, no dia 5 de março. Foi convidado pelo presidente da Câmara Federal, Ranieri Mazzilli, que fora empossado interinamente na Presidência da República, para assumir o Ministério das Relações Exteriores. Tomou posse no dia 6 de abril, passando a responder também pela pasta da Saúde, onde ficou até o dia 14.

Wilson Fadul

Wilson Fadul

17/06/63 a 05/04/64

Nasceu em Valença (RJ), no dia 04 de fevereiro de 1920. Em 1936, fez o curso pré-médico no antigo Colégio Universitário do Rio de Janeiro. Em 1945, diplomou-se pela Faculdade Fluminense de Medicina, em Niterói. Durante o governo de João Goulart, licenciou-se da Câmara dos Deputados, em junho de 1963, para assumir o Ministério da Saúde, no lugar de Paulo Pinheiro Chagas. Em sua gestão, realizou uma pesquisa sobre a indústria farmacêutica no Brasil, concluindo que o índice de desnacionalização no setor era de cerca de 95%. Em dezembro de 1963, por iniciativa de Fadul, realizou-se a III Conferência Nacional de Saúde, na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, com o objetivo de fixar as bases de uma política nacional de saúde. Consumado o movimento político-militar de 31 de março de 1964, Fadul ocupou o cargo de ministro da Saúde até abril do mesmo ano, quando foi substituído por Vasco Tristão Leitão da Cunha.

Paulo Pinheiro Chagas

Paulo Pinheiro Chagas

19/03/63 a 16/06/63

Nasceu em Oliveira (MG), em 1º de setembro de 1906. Diplomou-se em 1930, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Quando era deputado federal, em 1963, foi nomeado ministro da Saúde, em substituição a Eliseu Paglioli. Permaneceu no cargo até julho de 1963, ano em que Wilson Fadul passou a ocupar o posto. Além disso, participou como vice-presidente da Reunião dos ministros da Saúde em Genebra, na Suíça, e como chefe da delegação brasileira da Sessão Anual da Organização Mundial da Saúde (OMS). Reassumiu em seguida o mandato de deputado federal.

Eliseu Paglioli

Eliseu Paglioli

18/09/62 a 18/03/63

Nasceu em Caxias do Sul (RS), no dia 28 de dezembro de 1898. Diplomou-se pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre e conquistou, posteriormente, a livre-docência em anatomia, obstetrícia, clínica propedêutica e cirúrgica e pediatria cirúrgica. Foi Prefeito de Porto Alegre, de janeiro a novembro de 1951. Em setembro de 1962, foi nomeado ministro da Saúde do governo parlamentarista de João Goulart e exerceu a função até janeiro do ano seguinte.

Manoel Cordeiro Villaça

Manoel Cordeiro Villaça

20/06/62 a 30/08/62

Nasceu no Rio Grande do Norte, em 1915. Formou-se pela Escola de Medicina da Universidade do Recife. Cursou Administração, Puericultura, Alimentação, Fisiologia e Dietética no Ministério da Saúde, e o Curso Integral da Infância, em Paris, França. Foi presidente do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Diretor da Fundação Serviço Estadual de Serviço Público, entre outros cargos de destaque. No governo de João Goulart, foi ministro da Saúde de junho a agosto de 1962, na vigência do governo parlamentarista.

Estácio Gonçalves Souto Maior

Estácio Gonçalves Souto Maior

23/08/61 a 19/06/62

Nasceu em Bom Jardim (PE), no dia 30 de julho de 1913. Formou-se em 1935, pela Faculdade de Medicina de Pernambuco. Iniciou suas atividades profissionais no interior do estado e no pleito de outubro de 1954 elegeu-se deputado federal. Interrompeu o mandato em setembro de 1961, quando foi nomeado ministro da Saúde do governo de João Goulart, em substituição a Edward Cattete Pinheiro. Em novembro de 1961, foi favorável à Emenda Constitucional n.º 5, que ampliou a participação dos municípios na renda tributária nacional. Esteve à frente da pasta até junho de 1962, quando transferiu a titularidade a Manuel Cordeiro Vilaça, retornou à Câmara e liberou-se para disputar novo mandato.

Edward Cattete Pinheiro

Edward Cattete Pinheiro

03/02/61 a 22/08/61

Nasceu em Monte Alegre (PA), no dia 27 de fevereiro de 1912. Como ministro da Saúde do governo Jânio Quadros, incentivou as campanhas de vacinação contra a poliomielite. Em julho de 1961, recebeu a visita de Albert Sabin, devido ao sucesso das experiências realizadas no Rio de Janeiro, quando já se cogitava o lançamento da campanha de vacinação em nível nacional. Além disso, foi senador, nos períodos de 1963 a 1970 e de 1971 a 1978.

Armando Ribeiro Falcão

Armando Ribeiro Falcão

01/01/61 a 02/02/61

Nasceu em Fortaleza (CE), no dia 11 de novembro de 1919. Em 1937, concluiu o curso de humanidades no Instituto São Luiz, em Fortaleza. Iniciou sua carreira política como deputado federal pelo Ceará, na legenda do Partido Social Democrático (PSD), em outubro de 1950. Em 1960, coordenou a assistência às vítimas das inundações na Região Nordeste. No dia 1º de janeiro de 1961, assumiu interinamente o Ministério da Saúde, em substituição a Pedro Paulo Penido. Nesse período, recebeu do presidente um cartório de registro de títulos, no Rio de Janeiro. Em 31 de janeiro, o presidente eleito Jânio Quadros foi empossado e Armando Falcão deixou o ministério, reassumindo a vaga na Câmara dos Deputados.

Pedro Paulo Penido

Pedro Paulo Penido

01/08/60 a 31/12/60

Nasceu em Belo Horizonte (MG), no dia 29 de julho de 1904. Em 1924, diplomou-se em Odontologia pela Faculdade Livre de Odontologia e Farmácia. Em julho de 1960, no governo Kubitschek, foi nomeado ministro da Educação e Cultura em substituição a Clóvis Salgado. Em agosto seguinte foi nomeado também ministro interino da Saúde, substituindo Mário Pinotti. Em dezembro, com a nomeação em caráter interino de Armando Falcão para o Ministério da Saúde, afastou-se do órgão.

Mário Pinotti

Mário Pinotti

03/07/58 a 31/07/60

Nasceu em Brotas (SP), no dia 21 de março de 1894. Formou-se em 1914 pela Escola de Farmácia de Ouro Preto (MG) e, em 1918, pela Faculdade Nacional de Medicina no Rio de Janeiro. Iniciou a carreira de médico sanitarista em 1919, ao se tornar inspetor sanitário rural do Departamento Nacional de Saúde Pública. Durante o segundo governo de Getúlio Vargas, ocorreu o desmembramento do Ministério da Saúde, até então vinculado à pasta da Educação. Pinotti foi ministro da Saúde em dois momentos distintos. Na primeira oportunidade, foi indicado por Vargas. Em seu discurso de posse, enfatizou a necessidade da criação da Escola de Saúde Pública. Na gestão do presidente João Café Filho, que assumiu a presidência após o suicídio de Vargas, Pinotti permaneceu no cargo até setembro de 1954. Anos mais tarde, Mário Pinotti foi convidado, novamente, para ser ministro da Saúde, em substituição a Maurício de Medeiros, em 03 de julho de 1958. Foi ainda indicado para o Prêmio Nobel de Medicina como médico sanitarista. Na segunda vez como ministro da Saúde, de 1958 a 1960, foi substituído por Pedro Paulo Penido.

Maurício Campos de Medeiros

Maurício Campos de Medeiros

21/11/55 a 02/07/58

Nasceu no Rio de Janeiro, em 14 de julho de 1885. Diplomou-se em Farmácia pela Faculdade de Medicina em 1903 e, em 1906, concluiu o curso de Medicina. Em 19 de novembro de 1955 foi nomeado ministro da Saúde pelo presidente Nereu Ramos. Foi mantido no cargo pelo presidente Juscelino Kubitschek, sendo designado, em março de 1958 para integrar uma comissão encarregada de coordenar o auxílio à região Nordeste, que sofria os efeitos de uma seca de grandes proporções. Deixou a pasta da Saúde em 03 de julho de 1958, sendo substituído por Mário Pinotti. Deixou diversas obras publicadas, principalmente sobre temas médicos

Aramis Taborda de Athayde

Aramis Taborda de Athayde

05/09/54 a 20/11/55

Nasceu em Curitiba (PR), no dia 12 de dezembro de 1900. Em 1924 diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Paraná. Em outubro de 1950, reelegeu-se deputado federal pelo PSD, licenciando-se, entre 1951 e 1954, para ocupar as pastas do Interior e Justiça e de Educação e Saúde do Paraná. Reassumiu o mandato em 1954, após o suicídio do presidente Getúlio Vargas em agosto daquele ano. Foi convidado para o cargo de ministro da Saúde, em substituição a Mário Pinotti. Fundou o Hospital da Cruz Vermelha no seu estado, dirigindo-o por vários anos, e foi um dos restauradores da Santa Casa de Misericórdia paranaense. Participou também de diversos congressos médicos no Brasil e foi membro de associações médicas do Paraná e do Rio de Janeiro.

Mário Pinotti

Mário Pinotti

03/06/54 a 04/09/54

Nasceu em Brotas (SP), no dia 21 de março de 1894. Formou-se em 1914 pela Escola de Farmácia de Ouro Preto (MG) e, em 1918, pela Faculdade Nacional de Medicina no Rio de Janeiro. Iniciou a carreira de médico sanitarista em 1919, ao se tornar inspetor sanitário rural do Departamento Nacional de Saúde Pública. Durante o segundo governo de Getúlio Vargas, ocorreu o desmembramento do Ministério da Saúde, até então vinculado à pasta da Educação. Pinotti foi ministro da Saúde em dois momentos distintos. Na primeira oportunidade, foi indicado por Vargas. Em seu discurso de posse, enfatizou a necessidade da criação da Escola de Saúde Pública. Na gestão do presidente João Café Filho, que assumiu a presidência após o suicídio de Vargas, Pinotti permaneceu no cargo até setembro de 1954. Anos mais tarde, Mário Pinotti foi convidado, novamente, para ser ministro da Saúde, em substituição a Maurício de Medeiros, em 03 de julho de 1958. Foi ainda indicado para o Prêmio Nobel de Medicina como médico sanitarista. Na segunda vez como ministro da Saúde, de 1958 a 1960, foi substituído por Pedro Paulo Penido.

Miguel Couto Filho

Miguel Couto Filho

22/12/53 a 02/06/54

Nasceu no Rio de Janeiro, em 08 de maio de 1900. Diplomou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, em 1921. Como deputado federal, apresentou diversos projetos sobre assistência médico-social, voltados às populações rurais, além de presidir a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. Foi um dos principais defensores da criação do Ministério da Saúde como pasta autônoma, desvinculada do Ministério da Educação. Reelegeu-se em 1950 e em 1953 interrompeu o mandato para assumir a pasta da Saúde. Como primeiro titular do novo ministério, ocupou o cargo até junho de 1954. Beneficiar o setor de saúde pública foi o principal objetivo de sua administração, ao criar postos e unidades completos para o serviço médico itinerante.

Antônio Balbino de Carvalho Filho

Antônio Balbino de Carvalho Filho

06/08/53 a 22/12/53

Nasceu em Barreiras (BA), no dia 22 de abril de 1912. Formou-se em Direito em 1932. Como professor, lecionou Sociologia e Lógica no curso pré-médico da Faculdade de Medicina da Bahia. Atendendo a uma sugestão do presidente Eurico Gaspar Dutra, em 1946, Balbino transferiu-se para o PSD, elegendo-se deputado estadual, em janeiro de 1947, e deputado federal em 1950. Nomeado ministro da Educação, em 25 de junho de 1953, Balbino substituiu seu conterrâneo Ernesto Simões Filho, recebendo o cargo das mãos de outro baiano, o ministro interino Péricles Madureira de Pinho. Na época, o Ministério da Educação e Saúde era desdobrado em Ministério da Educação e Cultura e Ministério da Saúde. De agosto a dezembro de 1953, Balbino ocupou interinamente a chefia do Ministério da Saúde, ao mesmo tempo em que chefiou o MEC. Após isso, transferiu a pasta da Saúde ao titular Miguel Couto Filho